À frente de uma das áreas mais complexas da administração municipal, o novo secretário de Saúde, José Antonio Rodrigues, critica o orçamento de 2013, deixado pela gestão passada, mas enfatiza medidas como as “revisões de contratos e do corte de despesas desnecessárias”.
“Bom, até agora nós temos um levantamento por volta de R$ 149 milhões. Foi esse valor encaminhado aos órgãos de controle há dias atrás, mas existe uma série de processos ainda em curso de pagamentos indenizatórios, que ainda não estão consolidados. O valor é esse e está apresentado ao Tribunal de Contas, e a Câmara de Vereadores vai tomar conhecimento na hora exata, depois da atividade ser analisada. Eu queria colocar que nesse valor global existem restos a pagar que foram reconhecidos ainda pelo orçamento do ano passado, mas principalmente DEA – Despesa de Exercício Anterior, e quanto a isso não existia sequer orçamento, e a despesa foi executada. Então isso cria uma distorção muito grande para que possamos realmente nos organizar e honrar esses compromissos”, disse em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, nesta segunda-feira (25).
Ainda na oportunidade, o secretario disse que não há nenhum tipo de atraso no pagamento dos filantrópicos referente a 2013. “O que os filantrópicos têm são atrasos do ano passado, agora não receberam o correspondente ao mês de agosto de 2012. Esses hospitais, até pela própria natureza deles, continuam atendendo normalmente. Nós temos uma reunião no Ministério da Saúde na próxima terça-feira, e a ideia é a de que possamos nos organizar para que tenhamos um plano de fazer a remuneração dessa parte da dívida mais antiga. Quanto às clínicas privadas, voltando a sua pergunta anterior, já existia um plano desde a gestão anterior, um procedimento de se auditar todas essas clínicas, então cerca de 25% das clínicas já receberam vistoria e auditoria. A ideia nossa agora é definir um plano de trabalho junto com a auditoria, e isso é conjunto com o Estado. A ideia é de acelerarmos esse processo de visitas a essas unidades e já criarmos um núcleo que já comece a auditar as contas relativas ao ano de 2012, inclusive aquelas que já foram pagas”.
Rodrigues comentou ainda sobre atrasos nas empresas terceirizadas que administram os postos. “Olha, o débito total de clínicas e hospitais privados gira em torno de R$60 milhões. Dessa dívida foram pagos cerca de R$12,5 milhões, referentes àqueles recursos carimbados, destinados pelo Ministério da Saúde, sendo pagos agora antes do Carnaval. As dívidas referentes às ações estratégicas do Ministério da Saúde também foram pagas, algo em torno de R$10 a 12 milhões, que envolve transplante, exames especiais. Isso foi pagão essa semana. Acho que resta aí algo em torno de R$ 70 milhões, envolvendo diretamente a assistência tanto dos postos de saúde, como das unidades de internamento e mais clínicas privadas referentes ao ano anterior”.
Nota originalmente postada às 11h do dia 25
