Saúde

Nem médicos escapam da decadência do Clériston Andrade

Imagem Nem médicos escapam da decadência do Clériston Andrade
No espaço reservado ao descanso dos trabalhadores, sofás e colchões estão rasgados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/07/2013, às 13h01   Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O caos no atendimento, absoluta falta de condições de tratamento, filas de doentes, mortes no corredor e todo tipo de agruras que a população sofre no Hospital geral Clériston de Andrade muitas vezes são atribuídas aos médicos, que são igualmente vítimas do descaso com a saúde no Brasil. Afinal, os próprios profissionais da saúde sofrem na pele com problemas no local já há bastante tempo. 
Médicos do HGCA enviaram ao Bocão News denúncias com relação a instalações inadequadas dispensadas aos trabalhadores. A foto que ilustra a matéria corresponde ao setor chamado “conforto médico”. Teoricamente, este ambiente existe especialmente para que os médicos descansem entre plantões e procedimentos, após horas de trabalho ininterrupto. 
Entretanto, os dois sofás existentes no local não têm nenhuma condição de permitir que ninguém se sente, tamanha a destruição dos forros. A direção do hospital até o momento ignora a situação e não sinaliza com a substituição dos sofás e obriga os profissionais a fazerem seu descanso em qualquer lugar, menos ali.
Situação parecida vive o local onde os médicos dormem e que complementa o “conforto médico”. No local, beliches perfilados exibem colchões sem forro e muitos deles estão rasgados, igualmente complicados de usar. Os médicos aproveitaram também para ressaltar a falta de materiais de trabalho como esparadrapo, gaze e antibióticos, além do cheiro ruim das instalações do hospital de uma maneira geral.
Um dos trabalhadores notou que nesta terça-feira, na emergência do Clériston Andrade, uma enfermeira estava responsável por 60 pacientes, quando na verdade deveria estar de olho apenas em 20 por uma questão de capacidade de fazer um bom trabalho. “Não adianta falar com a direção. Sempre vão dizer que estão em processo de melhoria, mas esta situação é histórica”, lamenta um dos trabalhadores do local em contato com a reportagem do Bocão News.
Procurado pelo veículo, o diretor do Clériston Andrade, o odontólogo José Carlos Pitangueira não foi localizado para comentar as denúncias. Já o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, esteve durante todo o dia em uma reunião de acordo com a assessoria de comunicação do órgão e, até o fechamento a matéria, nenhuma declaração oficial do gestor havia chegado à redação do Bocão News.

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