O diretor do Hospital Geral Clériston Andrade, José Carlos Pitangueira, procurou o Bocão News para desmentir a denúncia veiculada no site no início da tarde desta terça-feira (23). De acordo com o odontólogo, que assumiu a unidade médica há cerca de 20 dias, o sofá retratado na reportagem já foi substituído há mais de 40 dias e os beliches do Conforto Médico são outros e não estão no nível de desgaste apresentado. O diretor concordou em fotografar o que julgou falso e enviou à redação do Bocão News uma foto de um outro sofá, que atualmente está colocado na ala do “Conforto Médico”. No atual, a cor é azul, ao contrário do marrom retratado na figura enviada por médicos que pediram anonimato. Ele ressaltou que mesmo há pouco tempo no lugar, o móvel já está rasgado e disse que isto pode ter acontecido por ação dos próprios médicos.
Pitangueira acredita que as figuras enviadas por internos do HGCA são antigas e diz não entender por que conteúdos assim foram apresentados à imprensa uma vez que, desde que assumiu o cargo, vem trabalhando em parceria com o corpo médico para melhorar a situação no local. “Os médicos estão ajudando. Há novos fisioterapeutas, enfermeiros, estão chegando novos técnicos de enfermagem. Juntos, nós fizemos o centro médico funcionar como nunca funcionou. Já estamos fazendo cirurgias e marcação de cirurgias”.
O diretor lista que, do pouco que pôde fazer à frente do Clériston Andrade, o que pode ter gerado protestos foi a cobrança do cumprimento dos horários dos médicos e o conhecimento das jornadas de cada profissional da unidade. Desta maneira, é possível fiscalizar a atuação dos profissionais. Por conta disto, o endurecimento do regime pode ter gerado insatisfeitos.
Diretor admitiu situação difícil do hospital mas disse haver exagero nos relatos“Com certeza é coisa de alguém que não gostou de ser cobrado. Com certeza, alguém está se sentindo incomodado. Eu poderia dizer quem é e se está realmente incomodado com isto, mas não sei quem é, pois a denúncia é anônima”, acusou. Apesar do protesto, Pitangueira reconhece que a situação do Clériston Andrade é difícil, mas disse que o hospital não está tão ruim quanto o que é dito pelos trabalhadores.
“Pode dizer claramente: não está bom, mas não está desse jeito que estão dizendo. Estamos trabalhando lá com toda boa vontade. Na emergência, se colocarmos mil macas, vão chegar 1500 (pacientes)”, esclarece. O odontólogo lista 126 municípios que atualmente são assistidos pela unidade médica e que os prefeitos das cidades muitas vezes sequer usam os sistemas de suas cidades e enviam seus doentes ao HGCA compulsoriamente.
Publicada no dia 23 de julho de 2013, às 15h42
