Saúde

“Samuzeiros” denunciam Hospital do Subúrbio

Publicado em 21/02/2011, às 11h45   Fabíola Lima e Maiana Brito


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Fotos Bocão News

"Samuzeiros" fizeram passeata e manifestação, junto com o Sindmed, no dia 12 de janeiro

Dentre tantos protestos dos servidores do SAMU (Serviço Móvel de Urgência) estão as dificuldades enfrentadas no Hospital do Subúrbio e outras unidades de saúde. De acordo com diretor de Comunicação da entidade sindical, Vanderson Lima, o principal problema dos agentes é a recusa dos pacientes.

“Há uns três meses, chegamos com mais ou menos uns 30 feridos, vítimas de uma colisão entre dois ônibus, e fomos colocados para fora do Hospital do Subúrbio por uma mulher chamada Margarida, que se identificou como coordenadora”. Outro caso relatado por ele foi uma conversa com a médica Fernanda Magalhães, que também não teria aceitado receber pacientes em uma determinada ocasião, alegando que o SUS tem cota de atendimento do hospital, a qual já estaria esgotada.

Procurada pela redação do Bocão News, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) disse que não existe cota. O que ocorre é que o atendimento do Hospital do Subúrbio prioriza os pacientes em estado grave, assim como no Hospital Geral do Estado. “Quem chega com uma simples dor de cabeça, por exemplo, vai ser atendido, mas vai esperar”.



Para reivindicar soluções sobre este e outras questões, os “samuzeiros” confirmaram a greve da categoria. A partir desta quarta-feira (23), às 7h, os agentes do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) vão parar as atividades por tempo indeterminado. Segundo Lima, a adesão deve ser de 100% do efetivo, sem direito a cumprir a cota de 30% determinada pela legislação federal.

De acordo com os "samuzeiros", profissionais de outras cidades do interior também vão fazer paralisação na quarta-feira (23) em apoio. A suspensão das atividades do pessoal de Salvador vai afetar a população de municípios da Região Metropolitana, como Candeias, Simões Filho, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde e Itaparica.

No dia 2 de janeiro, os trabalhadores entregaram a pauta de reivindicações ao prefeito João Henrique e deram um prazo de 30 dias, mas não foram atendidos. No último dia 15, tiveram audiência com o secretário municipal de Saúde, Gilberto José, e vereadores, que também não surtiu efeito. Na sexta-feira (18), os servidores resolveram apelar e entregaram cópia da pauta ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aproveitando sua vinda à Bahia.

Entre as reivindicações da categoria, efetivação os servidores concursados, pagamento dos salários atrasados e horas extras, melhores condições de trabalho e higiene, ampliação do quadro de médicos, segurança.

Classificação Indicativa: Livre

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