Saúde

‘Falta vontade política para resolver’, diz presidente do Hospital Espanhol

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Unidade continua fechada até decisão do Ministério Público  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/09/2014, às 06h50   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Os quatro pacientes do Hospital Espanhol que ainda resistem dentro da unidade passarão por uma peregrinação nos próximos dias. Eles deverão ser transferidos para outras unidades de Salvador, porém a prefeitura já encontra dificuldades removê-los. Após três horas de reunião realizada na tarde desta quarta-feira (10) no Ministério Público da Bahia, o presidente do centro, Demétrio García, afirmou que ‘falta vontade política’ para resolver a situação.

A maior preocupação do gestor é com os 240 pacientes transplantados e 90, não transplantados que ainda continuam utilizando o setor de hemodiálise – o único em funcionamento no hospital. De acordo com García, o hospital tem um crédito de quase R$ 1 milhão devidos pela prefeitura de Salvador na gestão do ex-prefeito João Henrique. Caso esta dívida seja recuperada, a unidade pode voltar ao funcionamento por um período curto de tempo. “Falta vontade política para resolver isso. Se recebermos este aporte podemos voltar a curto prazo”.

Para o efetivo funcionamento, a diretoria do centro propôs aos fornecedores e aos representantes das secretaria de saúde do estado e município presentes no encontro, carência de um ano para alavancar o hospital. “Estamos muito preocupados, a situação é delicada e não podemos esperar muito. A Desenbahia e a Caixa não garantiram, mas o Banco do Nordeste sim”, explica. Os bancos pediram 30 dias para darem um posicionamento.


De acordo com o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, a preocupação dos credores é por conta da gestão da unidade. Segundo ele, na reunião ‘lavou-se a roupa suja’, o que passou insegurança aos fornecedores. “Ficou claro que o problema é má-gestão. Agora, o estado precisa tomar para si esse problema e administrar a unidade. Não podemos perder esses 300 leitos com uma carência de 300 mil que já temos”.

Ao final, o diretor do Hospital Espanhol ressaltou que o problemas precisa ser resolvido o quanto antes. “Se trata de uma tragédia hospitalar. Quando se tem uma catástrofe precisa ser resolvida urgente. Assim é o caso”.

Fotos: Roberto Viana // Bocão News



Publicada no dia 10 de setembro de 2014, às 20h

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