Saúde

Aatamed se pronuncia contra o Cremeb sobre uso do Canabidiol e diz que pacientes ficaram sem tratamento

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A proibição do Canabidiol foi alvo de protesto, no início da manhã, na frente do Cremeb, em Ondina  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 21/10/2022, às 20h15   Camila Vieira


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A Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED) enviou nota à Redação do Bnews, na noite desta sexta-feira (21), se posicionando contra os argumentos do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) com relação a modificação da restrição do uso terapêutico do canabidiol. A proibição foi alvo de um protesto, no início da manhã, na frente da sede do Cremeb, em Ondina. A equipe do BNews acompanhou a mobilização.

O Conselho revelou, em nota, a reportagem do site que “os pontos a serem esclarecidos estão registrados no documento do CFM”. No ofício emitido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a entidade nacional diz que “as conclusões apontam para evidências ainda frágeis sobre a segurança e a eficácia do canabidiol para o tratamento da maioria das doenças”. Os argumentos do conselho foram duramente criticados pela AATAMED que revelou preocupação com os pacientes que já fazem uso da erva para tratamento de doenças. 

Confira a nota na íntegra:

Nós prestamos apoio para centenas de associados que fazem a utilização da Cannabis Medicinal, seguindo todas as normas da ANVISA. Ocorre que, a Resolução nº 2.324/2022 restringe a prescrição do canabidiol (CBD) para o tratamento de epilepsias na infância e adolescência refratárias às terapias convencionais na Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e no Complexo de Esclerose Tuberosa.

Nesse contexto, existem milhares de pacientes que possuem diferentes patologias como Parkinson, Alzheimer, Fibromialgia, além de crianças com microcefalia, autismo, hidrocefalia, que já utilizam o Canabidiol e não sabem como vão continuar com seu tratamento. A cannabis medicinal é utilizada de forma contínua, parar esse tratamento é uma regressão para essas pessoas, ocasionando a piora do quadro de saúde. Além disso, a resolução veda a autonomia de prescrição do médico, que diante da resolução, estão receosos de prescrever e haver repressão do CFM. 

Classificação Indicativa: Livre

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