Saúde

Associação Brasileira de Hematologia critica medida da Anvisa para doação de sangue com dengue

Davidyson Damasceno / Agência Brasília
De acordo com pesquisa, há um percentual de sangue doado no Brasil que podem transmitir a dengue  |   Bnews - Divulgação Davidyson Damasceno / Agência Brasília

Publicado em 31/03/2024, às 14h26   Redação


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Uma nota técnica em relação a doação de sangue foi publicada pela Anvisa, em conjunto com o Ministério da Saúde, no início do mês, e tem gerado discussões. Conforme orientações, pensando no surto de dengue no Brasil, as pessoas que se canditatam para doação e que estiveram doentes, estão inaptos por 30 dias. 

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Na visão da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH) todo sangue doado no país deveria ser testado para a doença, o que não ocorre no momento. Chama atenção também a restrição para pessoas que fizeram sexo com indivíduos infectados ou se vacinaram contra dengue.

“Por muito tempo, achamos que não deveríamos nos preocupar com casos assintomáticos de vírus da dengue no sangue, já que essa situação parecia incapaz de levar à doença. Mas estamos cada vez mais convencidos de que a infecção é uma ameaça. Nos últimos anos, já tivemos ao menos dois eventos comprovados de pessoas que tiveram dengue no Brasil por complicações nas transfusões”, indica o hematologista José Eduardo Levi, coordenador do comitê de doenças infecciosas transmitidas por transfusão da ABHH.

No sexo a transmissão do vírus é baixa, mas comprovada. No Hemocentro de Brasília, nos 15 primeiros dias de vigência da norma, apenas uma pessoa foi impedida de doar por este risco.

De acordo com estudos publicados no The Journal of Infectious Diseases, 2% de todo sangue doado no Brasil carrega o vírus da dengue, A ABHH vai reunir membros, na próxima terça-feira (2/4), para emitir nota ao Ministério da Saúde aconselhando a testagem em massa.

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