Saúde

BNews Summer: Confira cinco dicas para manter pele e cabelo 'em dia' durante o Carnaval

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O BNews Summer conversou com uma dermatologista que listou os cuidados necessários para aliar beleza, saúde e folia  |   Bnews - Divulgação Reprodução Prefeitura de Salvador
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 30/01/2024, às 05h00



Carnaval já está na porta e eu aposto que os looks, as makes e o glitter já estão reservados ou, no mínimo, pensados. Mas e os ítens e cuidados necessários para enfrentar essa verdadeira maratona da folia, já estão organizados? Acontece que com esse calorão, somado ao suor excessivo, pouco tempo dormindo e sem a hidratação necessária, a pele e cabelo podem sofrer danos que com certeza ninguém quer levar para depois da Quarta-feira de Cinzas. Para ajudar você a se cuidar, o BNews Summer conversou com a dermatologista Ísis Vasconcelos e traz cinco dicas para evitar esses problemas. Confira:

1: Lavar o cabelo todos os dias

Ísis explica que o suor altera o PH do cabelo, deixando-o com mais frizz e aumentando a descamação do couro cabelo. "Até quem não tem uma descamação, quem não tem uma caspa, pode começar a ter nessa época". Segundo ela, o suor também acaba aumentando a oleosidade e, com isso, os fungos que vivem no couro cabeludo se proliferam, o que pode provar placas vermelhas que coçam e provocam desconforto: "Foi pra folia? Quando voltar, ou no dia seguinte pela manhã, tem que lavar", enfatiza a dermatologista.

2: Suor + chapinha

O excesso de aquecimento do cabelo junto ao suor pode fazer com que os fios quebrem. Acontece a alteração do PH (por causa do suor) e a temperatura de itens como secador, chapinha e babyliss são agressões físicas. "O fio vai perdendo a hidratação e com isso a elasticidade. Nesses casos, e também para a exposição ao sol, o ideal é manter o cabelo hidratado e, com ele limpo, utilizar o protetor térmico. Ele é interessante tanto para o sol, para proteger o fio da queimadura solar, como também das agressões de temperatura causadas por esses utensílios", explica a médica, ressaltando que nesse período muitos descolorem o cabelo, o que também gera uma agressão química, provocando ainda mais danos ao cabelo.

Ela ainda ressalta a importância de usar chapéu com proteção UV para todos, inclusive os calvos e carecas. "Proteja o couro cabeludo! Quem tem calvície, além do chapéu, pode usar protetor solar em creme ou spray para que não queime a região. Lembrem: couro cabeludo foi feito para ter cabelo, no momento que não tem, é uma área muito vulnerável a ter queimaduras. E com o acúmulo dos anos dessa exposição solar repetida e queimaduras repetidas, essa é uma área propícia para o aparecimento de cânceres de pele. Então, se proteger agora, mesmo jovem, é importantíssimo para que daqui a 10, 15 anos, essa queimadura de hoje, não contribua para o aparecimento desse tipo de tumor", alertou.

3: Acnes pós maquiagem

As espinhas que costumam aparecer nesse período podem estar relacionadas a má alimentação, falta de sono, excesso de bebida alcoólica e também ao uso de maquiagem. O problema não é make em si, mas a falta de preparo da pele, o uso de produtos não indicados para o seu tipo de pele e, principalmente, de não fazer a limpeza correta depois da festa. No vídeo abaixo, Ísis explica a forma correta de limpar a pele.

A dermatologista enfatiza que se um folião tem uma pele mais seca, mais sensível, "precisa hidratar e acalmar a pele, passar um protetor solar para a pele seca e depois aplicar maquiagem. Para quem tem pele oleosa, vai precisar usar um hidratante tipo sérum, que é mais suave do que cremes e pomadas. Os séruns à base de ácido hialurônico são ótimos para hidratar peles oleosas antes de aplicar o protetor solar que também deve ser adequado para essa pele antes de colocar a maquiagem que vai ser por cima do protetor solar".

Algo muito comum neste período de festa é o compartilhamento de maquiagem. Ísis faz um alerta sobre o assunto: "Cada pessoa deve levar a sua maquiagem. A pessoa fica entre seis meses e um ano com os produtos passando esponja e pincel na pele e na maquiagem o tempo inteiro, sem lavar essas esponjas e esses pincéis, o que acaba colonizando o produto com bactérias e fungos da própria pele da pessoa. Então, imagina que a pessoa já tem a flora, a microbiota dela. Se usar a maquiagem de outro, acabará levando para o seu rosto bactérias e fungos que pode não estar acostumado e gerar uma pele sensibilizada, que arde, coça ou até que desenvolve acne".

Também é importante remover adequadamente os produtos, principalmente na área dos olhos, porque, de acordo com a dermatologista, se ficar um resíduo de maquiagem, “ele vai servir como ambiente pra que bactérias e fungos que vivem na nossa pele, que são nossos, comecem a se proliferar e, em algum momento, pode sensibilizar a pele causando alergias, desconfortos, coceira e ardor”.

4: O uso correto do protetor solar

O horário principal de reposição do protetor solar é das 9h às 16h, sendo que essa reposição deve ser feita de duas em duas horas, ou, no máximo, de três em três horas. Ísis ressalta que existem maquiagens com proteção solar, como o pó compacto, que se pode retocar e garantir a proteção, assim como é indicado o uso de sprays de proteção solar, que em embalagens pequenas podem ser levados para o circuito.

“O protetor solar corporal deve ser usado assim que sair do banho e o de rosto antes da maquiagem. Se usar roupas com proteção UV, não há necessidade de repor o protetor nessas regiões, necessitando apenas de cuidados nas áreas que estão expostas”, explicou a dermatologista, lembrando que no caso das maquiagens com proteção solar, as do tipo color adapt- aquelas que possuem tonalidades- protegem ainda mais.


5: Glitter sob a pele

O glitter também é um item indispensável no Carnaval, porém, apesar de não existir contra indicação do uso, é importante utilizar os aprovados pela Anvisa para uso na pele. Entretanto, para qualquer tipo, é necessário fazer um teste: aplicar em uma área do corpo, a exemplo do punho, esperar de 5 a 10 minutos para ver se não irra, fica vermelho ou coça.  

“O recomendado pela Sociedade de Dermatologia é o uso do glitter ecologicamente correto. Aqueles glitters que são vendidos em papelarias, por exemplo, para brincadeiras, adornos, confecção de desenhos... são feitos de plástico triturado e com corantes a base de metais. Então eles têm um maior potencial de irritação da pele, enquanto que os ecologicamente corretos são feitos à base de algas, farinha de arroz e possuem corantes a base de vegetais e minerais, sendo mais suaves”, finalizou a médica.

Dicas extras:

  • O protetor labial é um excelente item para se ter na bolsa, já que além de proteger do sol, ele também hidrata.
  • Use óculos escuros que realmente tenham filtro solar adequado, com certificação de que protege dos raios ultravioleta.
  • O chapéu não pode ser só de enfeite decorativo. Que seja com o tecido UV. banho de filtro UV.
  • E, por fim, p.ara não ficar com o glitter no corpo por vários dias após a festa, passe um hidratante no corpo antes de usar o brilho. Desse modo, ele vai grudar menos, pois o creme cria uma película entre a pele e o glitter, facilitando a remoção.

Classificação Indicativa: Livre

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