''Quando o like não vem, o que era para ser felicidade vira frustração'', diz psicólogo sobre relação entre depressão e internet

Em tempos onde as pessoas estão cada vez mais conectadas nas redes sociais, a forma como está sendo utilizado esses meios exigem atenção e responsabilidade para que os usuários não caiam na ‘’armadilha’’ da necessidade de aprovação de seus seguidores. ‘’Há um mecanismo de recompensa, porque eu fico esperando aquele like e quando ele não vem aí eu entro no ciclo, porque o que era pra ser felicidade acaba sendo uma frustração’’, disse o psicólogo Vinícius Andrade, durante uma entrevista ao Pauta Livre, o programa da BNews TV.

O especialista ainda ressaltou em como as experiências virtuais negativas podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como a depressão. ‘‘Quando a pessoa posta, é criada uma expectativa muito grande por esse retorno, então muita gente acaba ficando dependente disso, a vida da pessoa gira entorno da rede, dos likes, da quantidade de seguidores, então ela vive um vazio tão grande, que a existência se resumiu as redes sociais e a necessidade de aprovação’’.  

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Além disso, Vinícius alertou sobre o caso da blogueira, Aline Araújo, que sofria de depressão e morreu após pular do 9º andar de um prédio. Segundo ele, os comentários que a blogueira recebeu é um retrato dos papéis que os usuários das redes sociais assumem: ‘’as novas tecnologias transitam entre o ser mocinho ou ser vilão, aí começa uma discussão se é positivo ou negativo’’.

Likes ocultos – Ainda na entrevista, Vinícius comentou sobre a nova atualização do Instagram que oculta a quantidade de likes (curtidas) nas publicações e em como isso interfere na relação do usuário com a rede social. 

Assista a entrevista na íntegra: