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Cirurgia rara e de alto custo é realizada em criança no interior da Bahia

Divulgação/SCMI
Criança foi liberada após cirurgia sem perfuração do crânio  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SCMI

Publicado em 07/04/2021, às 14h12   Redação BNews


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Um menino de 10 anos, morador do povoado de Riacho Fundo, zona rural de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, conseguiu realizar uma cirurgia de risco após ficar 12 dias desacordado e internado na Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (SCMI). O menino foi diagnosticado com hemorragia subaracnóidea espontânea por ruptura de aneurisma cerebral.

A criança foi submetida a uma embolização de aneurisma cerebral, um tratamento endovascular de aneurisma intracraniano inédito no sul da Bahia, mas sem perfurar o crânio do paciente. A doença só foi diagnosticada pela equipe médica da SCMI e,de acordo com a tia de Wanderlypio Novais, os familiares ficaram apreensivos com a situação. “Ficamos desesperados quando ele passou mal, começou a vomitar, reclamar das dores de cabeça e desmaiar. Levamos para um hospital na nossa cidade e o médico disse que o meu sobrinho sofria com diabetes. Por isso, estava naquela situação. Mas os profissionais daqui detectaram qual era realmente o problema”, conta. 

A cirurgia foi um sucesso e, segundo a diretora técnica do Hospital Manoel Novaes, Fabiane Chávez, "a complicação de saúde foi descoberta logo que o paciente chegou ao hospital e os nossos profissionais fizeram um procedimento perfeito. Por isso, acredito que essa criança terá uma vida normal”. O menino deixa o hospital com todas as funções neurológicas funcionando perfeitamente. 

O tratamento

O método que foi usado em Wanderlypio Novais não é usado com frequência, pois tem pouco acesso ao SUS e é de alto custo. O menino, apesar da pouca idade, entende a gravidade da situação após subir na árvore para retirar frutas.  “Eu poderia ter desmaiado em uma das vezes em que estava em cima de um pé de jaca, por exemplo. Acho que eu não estaria vivo hoje", disse.



Após ser perguntado sobre o que faria ao retornar para casa, a criança disse que quer abraçar a mãe e depois brincar com os amigos, além de plantar maracugina para vender na feira livre da cidade. Ele ainda perguntou se poderia colocar os nomes dos novos amigos que fez no hospital na reportagem.“Você vai colocar os nomes deles na reportagem? Porque quero agradecer a todos que cuidaram de mim”, finalizou.

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