Coronavírus

Paciente com sintomas de Covid-19 reclama de falta de atendimento em Feira de Santana

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Ela alegou que a recomendação das autoridades e dos médicos é procurar um hospital quando tiver falta de ar, mas os pacientes não conseguem atendimento  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Maps

Publicado em 27/05/2020, às 22h00   Redação BNews


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Uma paciente com os sintomas da Covid-19 denunciou o descaso da prefeitura de Feira de Santana, localizada a cerca de 100 km de Salvador, com a saúde dos munícipes. Em entrevista à Rádio Subaé AM, ela contou que desde quinta-feira está fazendo isolamento, mas no domingo, após se sentir mal, foi na Policlínica do Tomba por recomendação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que disse que não poderia buscá-la. 

"A médica disse que não poderia fazer nada por mim e que me liberaria para casa porque eu já estava com os medicamentos, aí volta para casa do mesmo jeito [...] ontem me senti mal novamente e fui na UPA do Clériston que não pode atender, um absurdo, porque já tinham duas pessoas lá dentro com suspeita e uma pessoa do lado de fora, que eu era a quarta e eles não iam fazer minha ficha porque não estava atendendo nenhuma pessoa mais com suspeita porque não tinha sala para isolamento", contou a jovem.

Ela alegou que a recomendação das autoridades e dos médicos é procurar um hospital quando tiver falta de ar, mas os pacientes não conseguem atendimento. "A gente tem que procurar um médico sendo que quando procura não resolve nada, a pessoa fica nesse descaso sofrendo", afirmou.

A jovem explicou que já procurou a Vigilância Epidemiológica há uma semana, mas nunca conseguiu fazer o teste. Ela afirmou que a tia foi na Vigilância ontem e descobriu que o seu nome não constava na lista de espera: "isso é um absurdo, manda a gente ficar em casa pra quê?".

"É complicado. Você fica presa dentro de um quarto na sua casa, se sentindo mal, tontura, dor de cabeça, falta de ar a todo momento, é desesperador. Eu acho que deveria ter uma organização [...] isso é caso de urgência.

Ela afirmou que era necessário que Feira de Santana fizesse como em outras cidades, que disponibilizaram hospitais próprios para atendimento de pacientes com a doença ou a suspeita, para dar um atendimento adequado.

Procurada, a prefeitura de Feira de Santana ficou enviar uma nota de esclarecimento assim que falasse com os órgãos responsáveis. A reportagem não conseguiu falar com o responsável para dar informações na UPA do Clériston.

Até esta quarta-feira (27), a cidade registrava 406 casos da doença confirmados, segundo dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

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