Coronavírus

Sem renda, trabalhadores migram para Salvador e aumento de pessoas vivendo em situação de rua aumenta 15%

Vitor Santos/Sempre
O fluxo por uma busca de oportunidade tem preocupado a gestão.   |   Bnews - Divulgação Vitor Santos/Sempre

Publicado em 12/07/2020, às 06h48   Nilson Marinho


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São muitas as agruras da população desde o início da pandemia do novo coronavírus na capital baiana. Entre elas, uma chama atenção: o aumento de cerca de 15% de pessoas vivendo em situação de rua. A maior parte delas migraram de cidades vizinhas acreditando que, em Salvador, poderiam atravessar a fase de forma menos dolorosa. De acordo com Juliana Portela, titular da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), o fluxo por uma busca de oportunidade tem preocupado a gestão. 

Portela, em entrevista ao Bnwes, afirmou também que o impactos pós-pandemia vai atingir de forma mais acentuada aqueles que já vivem em vulnerabilidade social. Não se sabe ao certo quantas pessoas estão vivendo nas ruas de Salvador. Um censo para chegar ao resultado iria ser feito nos últimos meses mas precisou ser adiado com a chegada da doença.

Leia a entrevista completa aqui

"O efeito e o agravamento da pandemia. São várias fatores. Há uma migração porque, nas cidades da Região Metropolitana e em pequenas cidades, as pessoas entendem que vindo para à metrópole terão uma oportunidade de vida e emprego. Acho que isso, hoje, na pandemia, é um equívoco. Estamos com o comércio fechado e não temos o comércio informal funcionando, tanto não tem que, hoje, o município está dando o auxílio Salvador por Todos para trabalhadores informais. Infelizmente, as pessoas se iludem. No interior, a coisa está muito mais difícil, sabemos disso, e as pessoas ainda se iludem. Quando fazemos a abordagem nas ruas encontramos pessoas que dizem chegar em Salvador andando, de carona, isso é muito comum, entende? Foi um aumento de 10 a 15%.", afirmou a secretária.

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