Coronavírus

MPF questiona Ministério da Saúde e Anvisa sobre escolha de vacinas

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Procuradoras questionam também a decisão do governo de considerar apenas a chamada vacina de Oxford   |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 26/10/2020, às 20h15   Redação BNews


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O Ministério Público Federal (MPF) decidiu acompanhar o planejamento de vacinação da população brasileira contra a covid-19 e os imunizantes que serão utilizados, bem como os critérios e as motivações de escolha. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, as procuradoras da República de São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco assinaram os pedidos de esclarecimento.

Foi expedido ofício para o Ministério da Saúde sobre quais medidas serão adotadas para implementação do acordo firmado com o Instituto Butantan, além de informações sobre a etapa de testes de cada um dos possíveis imunizantes. As procuradoras questionam também a decisão de considerar apenas a chamada vacina de Oxford no calendário do Ministério da Saúde, e, posteriormente, a Coronavac, deixando de incluir as demais que estão em desenvolvimento em todo o mundo.

À Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram solicitadas informações sobre possíveis embasamentos científicos para a decisão de considerar inicialmente apenas a vacina de Oxford no calendário do Ministério da Saúde e se há estimativa para a finalização do estágio de testes de cada uma das vacinas e da provação pela agência para sua posterior distribuição pelo país.

Em razão da divulgação de notícia em que o diretor-geral do Instituto Butantan teria afirmado que a Anvisa está retardando autorização para importação de matéria-prima da farmacêutica Sinovac, o que dificultaria a fabricação da Coronavac no Brasil, também foi enviado ofício à instituição científica, pedindo informações sobre as etapas do processo de testes da vacina e sobre o protocolo de intenções firmado com o Ministério da Saúde e seus desdobramentos. 

Foi questionado ainda se a demora na liberação das importações de insumos para produção da vacina foi justificada.

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