Coronavírus

Samu bate recorde de transferência de pacientes e secretário admite: "Estou bastante assustado"

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Segundo o secretário, a média diária nas últimas semanas estava em "16 ou 17 pacientes"  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 22/02/2021, às 12h42   Brenda Viana e Luiz Felipe Fernandez


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Diante de uma nova onda de casos e mortes decorrentes da Covid-19, Salvador bateu neste fim de semana mais um "recorde" negativo. O Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) foi acionado para fazer o transporte de 25 pacientes para hospitais da cidade, o maior número desde o início da pandemia.

Segundo o secretário, a média diária nas últimas semanas estava em "16 ou 17 pacientes".

Prates adverte ainda para o perfil "mais jovem" e de classe mais favorecida dos infectados que precisam de atendimento médico. "Estou bastante assustado com essa nova onda", admite. 

"Chegamos ao recorde de transferências realizadas pelo Samu e temos visto perfil de pacientes diferente, mais jovens e com plano de saúde. As pessoas precisam se cuidar, sempre disse que chama 'Sistema Único de Saúde' porque é um só, se colapsar as pessoas vêm para o público, e se o público tiver problema, teríamos que fazer requisição administrativa dos leitos do [hospital] privado", declarou o titular da pasta em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22).

O secretário classificou o balanço do fim de semana como "muito duro", com alta na regulação de pacientes nas UPA's. Ele explica que esta "nova onda" é muito mais "agressiva" e evolui mais rapidamente, o que impacta diretamente na ocupação de leitos.

Sobre as cenas de aglomeração que se repetem na capital baiana, nas praias e nos bairros, Prates mais uma vez lamentou o descaso de parte da população com um problema tão grave vivido pelo município.

"O que está em jogo é a vida das pessoas e nós não permitiremos. As cenas que vimos nas praias de Salvador esse final de semana, é inconcebível, não dá para entender uma coisa dessas", disparou Prates.

"Essas pessoas que estão aglomerando só não estão pegando em armas, mas estão tirando vidas", concluiu.

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