Coronavírus

Em reunião com Rui e deputados, Bruno Reis critica governo federal e diz que "não temos mais o que fazer"

Valter Pontes/PMS
Bnews - Divulgação Valter Pontes/PMS

Publicado em 09/03/2021, às 18h45   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse, durante reunião com o governador Rui Costa (PT) e deputados estaduais nesta terça-feira (9), que "não temos mais o que fazer", se referindo à prefeitura e criticando o governo federal.

"Até o fim da semana estaremos abrindo o quinto hospital de campanha, no Ginásio de Itapuã, mas não temos mais o que fazer além disso. Somente com a pandemia, a Prefeitura está gastando R$ 779 milhões e não tenho de mais onde tirar. É preciso que o Governo Federal, que pode emitir moeda, compre vacinas, retome o auxílio emergencial e possa abrir créditos para segurar a barra das empresas enquanto durar a pandemia”, disse Reis.

Crítico voraz do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Rui também criticou o governo federal e orientou que o prefeito de Salvador não "esquente a cabeça" com os protestos contra as medidas restritivas. Manifestantes têm ido até a frente da casa de Bruno Reis protestar.

"Estamos vivendo tudo isso pela incapacidade, inoperância e incompetência do Governo Federal, que desdenhou da doença, promoveu aglomerações e não comprou as vacinas quando devia. Não vou pregar a teoria da ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’, porque temos que pensar, antes de tudo, é na vida. Disse ao prefeito Bruno Reis que não esquente a cabeça com protestos ou buzinaços: prefiro ouvi isso do que o choro de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um neto porque perdeu seu ente querido por falta de vaga na UTI”, comentou o governador.

Também estavam na reunião virtual os secretários municipal e estadual de Saúde. Os dois, assim como o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD), teceram críticas a Bolsonaro.

Leitos custeados

O número dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde teve uma queda de 71% de julho de 2020 ao início de março de 2021, quando o Brasil atingiu recordes diários de mortes pelo vírus. Os dados são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), com base em monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial da União.

Em julho do ano passado, no pico da pandemia, eram 11.564 leitos financiados pelo governo federal, agora são 3.372.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp