Coronavírus

Secretário admite que mais gestantes podem ter recebido vacina da Astrazeneca em Salvador

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Imunizante de Oxford não é recomendado para grávidas  |   Bnews - Divulgação Arquivo

Publicado em 11/05/2021, às 20h02   Henrique Brinco


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O secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates (PDT), admitiu que mais gestantes, além das 21 já identificadas, também podem ter recebido a vacina Oxford/Astrazeneca. É o caso, por exemplo, de uma psicóloga e de uma cientista que se vacinaram como trabalhadoras da saúde. "O meu sistema não acusa isso, porque elas não utilizaram o direito como gestante e puérperas. Elas foram vacinadas em abril como trabalhadoras da saúde. Podem haver trabalhadoras da educação e trabalhadoras rodoviárias [que também foram vacinadas durante a gestação]", declarou, em entrevista ao programa "BNews Agora", da Piatã FM, na noite desta terça-feira (11).

Prates afirmou que a gestão municipal vai disponibilizar um site para acompanhar as 21 gestantes vacinadas com o imunizante da Astrazeneca. Reforçou, ainda, que o caso foi pontual e que até então não havia uma determinação do Ministério da Saúde ou da Anvisa de suspender a vacinação desse público com o imunizante de Oxford. Ele garantiu as gestantes da capital estão sendo vacinadas com o imunizante da Pfizer.

Pela manhã, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), afirmou que nenhuma grávida havia tomado doses da vacina. Segundo o gestor, todas haviam tomado doses da Pfizer. No início da tarde, contudo, a Secretaria Municipal de Saúde corrigiu a informação e disse ter identificado as imunizações. A preocupação com essa vacina se dá após o  Ministério da Saúde iniciar investigação sobre a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, que pode ter ocorrido por causa da vacina.

A bula da vacina da Oxford/Astrazeneca/Fiocruz não recomenda a vacinação contra a covid-19 em grávidas. O documento foi obtido pelo BNews no próprio site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a bula, há dados limitados sobre o uso da vacina contra covid-19 em gestantes. "Os dados são insuficientes para fundamentar um risco associado com a vacina", diz trecho do documento. A bula informa que os estudos de toxicidade reprodutiva animal não foram concluídos.

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