Coronavírus

Internação de pessoas entre 40 e 49 anos com coronavírus aumenta 57% e Prates defende retomada de vacinação por idade

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Ele relata que as novas cepas têm atacado de forma mais dura pessoas com idades entre 40 e 59 anos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 18/05/2021, às 11h34   Márcia Guimarães


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Com o Brasil enfrentando um aumento de 57% na internação de pessoas entre 40 e 49 anos com o coronavírus, o secretário da Saúde de Salvador, Leo Prates, defende que uma parte das doses das vacinas seja utilizada pelo critério de idade. Ele acredita que a vacinação de portadores de comorbidades acaba atrasando o avanço da estratégia de imunização no geral. 

Prates relata que as novas cepas têm atacado de forma mais dura pessoas com idades entre 40 e 59 anos. “Com a vacinação, tivemos queda na internação dos idosos. Agora estamos tendo o problema da inversão. No Brasil, os internamentos de pessoas entre 40 e 49 anos cresceu 57%. A minha defesa na CIB [Comissão Intergestores Bipartite] é que parte das doses seja utilizada para que a vacinação volte a ser por idade, pelo menos até os 40 anos”, explicou o secretário nesta terça-feira (18), em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metrópole.

Ele pede que a decisão seja tomada rapidamente na CIB, pois a população dentro dessa faixa etária tem sofrido bastante com a doença e, em sua avaliação, o governo federal não tem colaborado como deveria no enfrentamento à Covid-19. Prates cita que um dos problemas para que a imunização emperre é que o Ministério da Saúde não tem cumprido os cronogramas de envio das doses. 

Coronavac

A vacinação em Salvador para as primeiras doses continua ocorrendo. O problema maior tem sido com a Coronavac. Segundo o secretário, a capital já vacinou 78 mil pessoas com comorbidades. 

“Estamos com REDA de vacinadores aberto. Cabe ao governo federal a entrega das doses e aos municípios a aplicação. Salvador é a cidade que aplica mais rápido. Para a primeira dose, temos a Pfizer e Oxford/Astrazeneca. Para a segunda dose, temos a Oxford/ Astrazeneca também. O problema é a segunda dose da Coronavac. Poderíamos adotar a estratégia de hora marcada, que não geraria filas, nem desconforto para a população, mas excluiria o cidadão mais pobre da nossa cidade, que não tem acesso à internet. Então preferimos enfrentar o problema”, acrescentou Prates. 

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