Coronavírus

Pílula anticovid: o que se sabe sobre medicamento desenvolvido por farmacêutica

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O medicamento ainda não está à venda  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 01/10/2021, às 20h52   Redação BNews


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A farmacêutica MSD anunciou nesta sexta-feira (1º) que a primeira pílula experimental anticovid, o molnupiravir, reduziu as hospitalizações e mortes em pessoas no início da infecção com o coronavírus. O medicamento ainda não está à venda.

O comprimido age interferindo com uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir, e segundo a farmacêutica, nos testes, pacientes que receberam o molnupiravir até 5 dias após o início dos sintomas da Covid tiveram cerca de metade da taxa de hospitalização e morte em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo.

Segundo reportagem publicada pelo G1, a eficácia do medicamento não foi afetada pelo tempo de início dos sintomas ou por fatores de risco, e também não tem eficácia em pacientes graves.

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De acordo com a empresa, o molnupiravir demonstrou eficácia consistente nas variantes virais Gama, Delta e Mu. O estudo acompanhou 775 adultos com Covid-19 leve a moderada e que foram considerados de maior risco para desenvolver um quadro grave da doença por conta de problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas ou por terem mais de 60 anos.

A reportagem afirma ainda que entre os pacientes que receberam o molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados ou morreram até o 29º dia depois da administração do medicamento. Depois desse período, não houve mortes nesse grupo.

Entre os que não receberam o molnupiravir, 14,1% foram hospitalizados ou morreram nos primeiros 29 dias dos testes. Depois desse período, 8 pessoas morreram, de acordo com a MSD.

Novos testes serão feitos em mais 1,5 mil pacientes por recomendação de um Comitê de Monitoramento de Dados independente.

Efeitos colaterais

A empresa disse que os efeitos colaterais foram relatados por ambos os grupos no estudo. Se liberado, o medicamento seria o primeiro em formato de comprimido para o tratamento da Covid-19.

Várias outras empresas, incluindo Pfizer e Roche, estão estudando medicamentos semelhantes que podem apresentar resultados nas próximas semanas e meses.

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