Saúde

Fila do SUS: mais de meio milhão de pessoas espera cirurgias eletivas em 16 estados e no DF

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O quantitativo se refere a cidadãos de 16 estados e o Distrito Federal  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Camila Vieira

por Camila Vieira

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Publicado em 30/04/2023, às 19h01


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O Ministério da Saúde contabiliza que mais de 566 mil pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas. O quantitativo se refere a cidadãos de 16 estados e o Distrito Federal.

O número aparece no relatório mais recente da pasta sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.

A espera por cirurgias, consultas e exames no SUS sempre existiu, mas ficou ainda maior após a pandemia da Covid-19, quando cirurgias não urgentes foram paralisadas. E, consequentemente, as filas aumentaram.

Para a professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Marília Louvison, o programa do governo federal pode ser efetivo para resolver o represamento agravado nos últimos anos. Mas, segundo ela, é preciso avançar para uma melhor organização dos processos.

"Filas sempre existirão. É preciso fazer a gestão das filas pra garantir tempo oportuno para resolver as necessidades da população, em cada território", afirmou Marília. As filas de espera, muitas vezes, não estão devidamente organizadas nos sistemas de regulação, estão desatualizadas ou até mesmo dispersas com os especialistas. É preciso qualificar e organizar adequamente essas demandas.

Até o dia 27 de abril, o Ministério da Saúde tinha aprovado os planos de 17 unidades da federação: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Nesta quinta-feira (27), durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), o diretor de programa da mesma secretaria, Aristides Vitorino De Oliveira Neto, afirmou que o caminho para a redução das filas do SUS "é longo".

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