Saúde

Infectologista explica como doença de chagas é transmitida via oral; saiba detalhes

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Infectologista ressaltou que uma pessoa pode ter a doença e não saber por um longo período  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Brasil
Bernardo Rego

por Bernardo Rego

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Publicado em 12/07/2023, às 17h46


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A Bahia vive um surto causado pela Doença de Chagas após serem registrados oito casos da doença entre janeiro e maio deste ano. Também foi computada uma morte neste período. Diante do quadro, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu, na terça-feira (11), um comunicado referente a intensificação da vigilância da fase aguda da doença de Chagas. O documento considera o surto recente de transmissão oral da enfermidade ocorrido na região de Jacobina, situada no interior baiano.

Para entender melhor como a doença é transmitida, os cuidados a serem tomados e quais os tratamentos existentes, o BNews conversou com o médico infectologista, Claudilson Bastos, que esclareceu ser uma doença com aspectos, muitas vezes, parecidos com arboviroses.

Claudilson Bastos - médico infectologista
                                                               Claudilson Bastos - Médico Infectologista

“A doença de chagas é transmitida por meio das fezes do inseto barbeiro que pode picar a vítima ou até mesmo deixar os seus dejetos em alimentos como açaí ou caldo de cana e desta forma ocasionar a transmissão via oral”, salientou. Os alimentos ficam contaminados e mesmo passando por alguns processos como a pasteurização não conseguem eliminar o parasito.

O médico também destacou que até meados dos anos 90 havia a transmissão vetorial, mas hoje esse cenário se modificou. “Víamos bastante a presença do inseto nas casas de taipa que contaminou muita gente até meados dos anos 90, mas esse tipo de construção já está praticamente em desuso e o modo de infecção também. Aqui em Salvador, por exemplo, foram encontrados insetos em condomínios de alto padrão”, pontuou.

Bastos aproveitou o ensejo para esclarecer que a doença é tratável quando descoberta na fase aguda através de medicação, porém pode se desenvolver para a fase crônica e desta forma causar prejuízos ao infectado pelo fato de atingir o coração, intestino e o esôfago. Ele também chamou a atenção para os pacientes soropositivos, portadores do vírus HIV, que por terem um organismo mais frágil tendem a ter complicações maiores.

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