Saúde

Jairo Bouer: saiba como identificar e ajudar alguém que sofre com problemas psicológicos

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Setembro é o mês escolhido para alertar sobre saúde mental e a prevenção ao suicídio  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 18/09/2023, às 18h23   Cadastrado por Victória Valentina


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Setembro é o mês escolhido para chamar atenção sobre saúde mental e a prevenção ao suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. No Brasil, os índices chegam a 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 

Diante de dados tão alarmantes, é importante notar os comportamentos das pessoas e, principalmente, expor as emoções caso seja você quem está sofrendo com algum pensamento intrusivo.

Estudos indicam que quase 97% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtornos de personalidade e abuso de álcool ou drogas. No entanto, existem outros diversos fatores envolvidos, como gravidade dos sintomas, questões culturais, ausência de tratamento e impulsividade, entre outros.

No país, as taxas de suicídio são mais altas para homens, que tendem a utilizar meios mais letais. Segundo as estatísticas, as mulheres tentam mais vezes. A comunidade LGBTQIA+, por exemplo, também apresenta altos índices, por causa de questões envolvendo preconceito.

Confira atitudes que merecem atenção

  • Mudanças repentinas de comportamento ou personalidade: quando a pessoa fica mais calada, ou parece mais agitada do que de costume;
  • Mudança no desempenho: quando o jovem começa a ter um desempenho pior na escola, quando o adulto começa a faltar ou apresenta queda de produtividade no trabalho;
  • Palavras, desenhos ou expressões negativas: falta de esperança, pessimismo ou outros sentimentos ruins podem ser manifestados até nas redes sociais, através de postagens de texto, imagens ou vídeos. Portanto, é importante prestar atenção nisso também;
  • Perda de interesse em atividades rotineiras: quando a pessoa fica sem forças para ir à igreja, ou não pratica mais aquela atividade física, hobby, etc;
  • Falta de autocuidado: a pessoa para de fazer a barba ou deixa de cortar o cabelo, não consegue tomar banhos diários, engorda ou emagrece facilmente;
  • Uso intenso de álcool e outras drogas;
  • Sinais de automutilação: marcas de cortes ou queimaduras pelo corpo;
  • Falar frequentemente sobre temas relacionados à morte: fazer testamento ou seguro de vida, escrever sobre isso.

Como identificar o risco e como ajudar

Segundo pesquisa, 90% dos casos de suicídios podem ser previnidos. Por isso é importante perder o receio e oferecer ajuda. Buscar alguém para conversar e expor os problemas pode ajudar a aliviar a dor.

Oferecer um "ombro amigo" para alguém que tem pensamentos intrusivos é essencial para incentivar a pessoa a buscar ajuda especializada. Disponibilizar tempo, sem julgamentos, para um amigo ou familiar que esteja passando por uma situação difícil.

É importante evitar falar frases como “eu já passei por coisa pior”, “agradeça pelo que você tem de bom” ou “levanta a cabeça”. Todas elas fazem aumentar a sensação de culpa ou de impotência diante do sofrimento.

Sites do CVV, do Ministériod a Saúde e da campanha Setembro Amarelo oferecem cartilhas com informações valiosas para quem quer ajudar e não sabe como.

Se suspeitar de alguma emergência, ligue para o SAMU (192), u leve a pessoa para um serviço de emergência (em pronto-socorros, hospitais ou numa UPA 24H). Para indicação de locais para atendimento gratuito em psiquiatria, consulte o site da campanha: www.setembroamarelo.com.

Classificação Indicativa: Livre

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