Saúde

Novembro Azul: Oncologista explica métodos preventivos para o câncer de próstata; entenda

Vinícius Carrera, oncologista do Hospital Aliança e da Oncologia D'Or Bahia - Reprodução | BnewsTV
Confira a entrevista completa com o oncologista Vinícius Carrera  |   Bnews - Divulgação Vinícius Carrera, oncologista do Hospital Aliança e da Oncologia D'Or Bahia - Reprodução | BnewsTV
Alex Torres

por Alex Torres

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Publicado em 21/11/2023, às 16h55 - Atualizado às 18h01


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Com o objetivo de abordar a importância dos cuidados preventivos ao câncer de próstata, o oncologista do Hospital Aliança e da Oncologia D'Or Bahia, Vinícius Carrera, esteve na BnewsTv, nesta terça-feira (21), e falou sobre os diferentes métodos de exames capazes de diagnosticar a doença que recebe atenção especial neste mês.

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Cercado por um enorme tabu por parte do público masculino, o exame de toque ainda segue sendo o método mais comum de avaliação do estado da próstata do paciente, capaz de detectar rapidamente alterações no órgão. Mesmo com o temor, Vinícius Carrera garante que o procedimento é rápido e não dói.

"Com o toque retal, que vai durar cerca de 10 a 12 segundos, você consegue ver o tamanho e consistência da próstata, se ela tem alguma irregularidade na superfície, se possui algum nódulo palpável, se essa próstata está endurecida ou presa a outras estruturas... então o paciente pode sair do consultório com uma certeza ou forte suspeita do quadro. Além de ser um método fácil, mais barato e também indolor", afirmou.

Uma outra forma, porém não dispensável é o Antígeno Prostático Específico (PSA), que funciona através da coleta de sangue do paciente. No entanto, Carrera faz questão de reforçar que os exames devem ser complementares e não visto com uma opção ou outra.

"No PSA você colhe sangue e a substância que circula no sangue é produzida pelas células da próstata benignas e também malignas. Por isso que nem sempre com o PSA a gente consegue definir se é ou não câncer. A gente sabe que o câncer produz mais PSA do que as células normais e se você pegar um índice mais alto, a chance é maior", completou.

Números e fatores de risco

Dados revisados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) projetam que o próximo triênio registre em torno de 72 mil novos casos de câncer de próstata por ano. O expressivo número corresponde há praticamente um terço de todos os diagnósticos de câncer no público masculino.

Carrera reforça que o câncer de próstata tem uma dificuldade em relação a sinais e sintomas, porque, na maioria das vezes, em grande parte da doença, ela atua de forma silenciosa. Assim, quando começam a surgir os primeiros sintomas, costuma ser sinal de algo mais avançado. Dessa forma, a importância de realizar exames periódicos é tão necessária.

Por se tratar de uma doença que se manifesta geralmente em pessoas mais velha, existe uma incidência maior a partir dos 40 a 54 anos, mas com um pico entre os 67 e 68 anos. Dessa forma, pode-se definir que o câncer de próstata tem a idade como principal fator de risco.

Outro fator de risco está na raça. Segundo o especialista, pessoas negras possuem mais probabilidade de desenvolverem a doença e, quando diagnosticada, costuma estar em um estágio mais agressivo. Para esse grupo, os exames preventivos devem ser ainda um pouco mais cedo.

O último fator de risco está na questão genética, com cerca de 20% dos homens diagnosticados com câncer de próstata possui algum tipo de histórico familiar. 

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