Saúde

Outubro Rosa e Autoestima: Ativista faz relato emocionante sobre diagnóstico de câncer de mama

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Ativista comentou principais dificuldades durante o diagnóstico e tratamento do câncer de mama  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal
Natane Ramos

por Natane Ramos

Publicado em 24/10/2023, às 06h00


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O Outubro Rosa marca a luta pela conscientizaçã ao câncer de mama. Uma das grandes preocupações das mulheres que enfrentam o câncer de mama são as consequências do tratamento, que afetam diretamente a autoestima e saúde emocional das mulheres.


Ao Bnews, a empreendedora social Gisele Borges, que foi diagnosticada aos 32 anos com câncer de mama em estágio avançado, compartilhou a sua história com a doença e como o tratamento afetou a sua autoestima.


Gisele revelou que descobriu uma alteração ao realizar um autoexame enquanto tomava banho, preocupada, ela procurou um médico e descobriu que cinco tumores, onde dois estavam na mama, um com 6 e o outro com 4 centímetros, apontando um câncer invasivo e com estágio avançado.


“Achei que não fosse conseguir, achei que não viveria muito tempo, mas aos poucos também percebi que não somos o que nos aconteceu, e sim, o que escolhemos nos tornar. Eu escolho me tornar um pouquinho melhor todos os dias.Sempre digo que não é fácil passar por um câncer e não podemos romantizar isto, mas acredite, existe”, relatou.

Autoestima durante o tratamento

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Gisele, que hoje se dedica a desmistificação do câncer por meio das suas redes sociais, onde éativista na prevenção e combate ao câncer, falou sobre o processo do tratamento e como ele foi agressivo para a sua autoestima.


“Quando iniciei o tratamento, após a primeira quimio, decidi raspar os cabelos. Gosto de falar sobre este tema com muito carinho e respeito a todas as pessoas que passam por isso, pois cada um reage de uma forma diferente a este momento e não existe certo e errado. Eu não queria ver meus cabelos caindo, então fui ao salão e pedi pra raspar”, explicou Gisele.


A ativista explicou que chegou a usar próteses capilares após raspar o cabelo, e isso ajudou a sua autoestima durante o difícil processo. Entretanto, com o tratamento da doença começaram a surgir outros impactos que afetaram diretamente seu peso, suas sobrancelhas e cílios.


“É dolorido se olhar no espelho e não se reconhecer, precisamos encontrar formas de nos sentir bem. Fui me reconstruindo, me aceitando e me amando, passei a me achar e me enxergar linda, me arrumar, me maquiar. Isso fez toda diferença para que este momento fosse mais leve”, destacou.


Importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento

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Gisele também precisou realizar uma cirurgia para a retirada parcial da mama, realizando o esvaziamento axilar e a retirada do tumor que estava na mamária interna. 


“Eu não era mais a mesma pessoa, transformações aconteceram no meu físico, na minha mente e no meu coração. Apesar de fortalecida, voltar a rotina e encarar novos desafios não foi uma tarefa simples, mas deu tudo certo!”, comentou a influenciadora.


A comunicadora destacou a importância de uma acompanhamento psicológico durante todo o seu diagnóstico.  “Eu contei com a terapia, e minha terapeuta foi mais um incrível laço que me permitiu o recomeço! Vivi um processo de autoconhecimento que me ajudou a compreender melhor meus limites e conflitos e a encarar os desafios com mais leveza”, explicou.


“Durante todo este processo, aprendi que não precisamos ser fortes o tempo todo, que está tudo bem em mostrarmos e reconhecermos nossa vulnerabilidade e que ser acolhido pelas pessoas que nos amam, aquece o coração e deixa tudo mais leve”, concluiu Gisele.

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