Política

Pazzuello explica motivo de sua saída do ministério da Saúde: "Missão cumprida"

Jefferson Rudy/Agência Senado
Pazuello assumiu interinamente o Ministério em 15 de maio, quando o Brasil registrava 14.817 mortos e 218.223 casos de covid-19. Quando deixou o posto, o país atingiu somava pouco mais de 132 mil mortos e 4.345.610 milhões de casos registrados da doença  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/Agência Senado

Publicado em 19/05/2021, às 14h25   Redação BNews


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Ao ser questionado sobre o motivo de sua substituição pelo médico Marcelo Quiroga no comando do ministério da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello respondeu que sua missão na pasta fora “cumprida”.

"Missão cumprida", respondeu nesta quarta-feira (19) ao relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB), durante sua oitiva. Pazuello assumiu interinamente o Ministério em 15 de maio, quando o Brasil registrava 14.817 mortos e 218.223 casos de covid-19.

Quando deixou o posto, o país atingiu somava pouco mais de 132 mil mortos e 4.345.610 milhões de casos registrados da doença.

Calheiros perguntou sobre quem o general se referia quando, na ocasião de sua saída da pasta, disse que “todos queriam o ‘pixulé’ do final do ano” - numa referência à distribuição dos recursos da pasta. 

Pazuello disse que se quisesse citar alguém em especial, teria citado. Neste meio tempo, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) disse que a fala lembrava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao passo que o senador Humberto Costa (PT) pediu "respeito" ao filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Flávio mandou o petista "baixar a cabeça".

Por fim, o general da ativa disse explicou o uso do termo, dizendo que aprendeu o termo durante seus anos no Rio de Janeiro. “No final do ano é normal ter saldos não aplicados. No final do ano, começa prefeitura, hospitais, e não há nada ilegal. Mas são as sobras, recursos que não foram aplicados em vários projetos que acabam rearranjados para uma tarefa e outra. Esse ano não teve isso", disse.

Acrescentou que não aceitou indicações para dar finalidade a verba, mas que os critérios usados foram técnicos. Sobre o uso da hidroxicloroquina e cloroquina, medicamentos cientificamente ineficazes para o tratamento, Pazuello negou que tivesse recomendado o uso dos medicamentos.

Calheiros lembra que em seu depoimento, o antecessor de Pazuello, Nelson Teich, disse que pediu sua exoneração pela pressão para aprovação de um protocolo para o uso de cloroquina. O general da ativa reiterou que nunca foi pressionado e opinou que o tema virou uma questão "político-ideológica". 

Posteriormente, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD) pediu desculpas ao colega Luiz Carlos Heinze (PP). Mais cedo, ambos bateram boca. "Não foi falta de dinheiro. Faltou oxigênio. Faltou logística e teve incompetência sim. Incompetência de muita gente envolvida. Me excedi porque sei o que vi e vivi", disse.

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