Saúde

Relatório aponta que mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade no mundo

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Análise reuniu dados de 3.663 pesquisas científicas realizadas entre 1990 e 2022  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 01/03/2024, às 10h27   Cadastrado por Bernardo Rego


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Um relatório feito pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), que contou com a participação da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que as taxas de obesidade entre crianças e adolescentes aumentaram quatro vezes ao longo das últimas 3 décadas. 

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Em relação aos adultos, os números mais do que dobraram. Ainda de acordo com o relatório, 43% dos adultos estavam acima do peso em 2022. Os dados foram publicados na revista “The Lancet” na quinta-feira (29). 


O relatório colheu informações de 3.663 estudos de base populacional que englobou 222 milhões de participantes em 200 países e territórios, e teve contribuição de mais de 1.500 pesquisadores.


“No passado, pensávamos na obesidade como um problema dos ricos. A obesidade é um problema do mundo”, pontuou Francesco Branca, chefe de nutrição da OMS.


Ainda de acordo com o relatório, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022, somando mais de um bilhão de pessoas afetadas pela obesidade. Ou seja, uma em cada oito pessoas vive com obesidade no planeta.


Veja os números da análise global:

As taxas globais de obesidade mais do que quadruplicaram em meninas (1,7% para 6,9%) e meninos (2,1% para 9,3%) entre 1990 e 2022;


O número total de crianças e adolescentes que foram afetados pela obesidade em 2022 foi de 159 milhões (65 milhões de meninas e 94 milhões de meninos), em comparação com 31 milhões em 1990;


O Brasil ocupou o 54º lugar na classificação geral de obesidade em crianças e adolescentes em 2022. A taxa aumentou de 3,1% em 1990 para 14,3% em 2022 para meninas e 3,1% para 17,1% para meninos no mesmo recorte de tempo.


As taxas de obesidade mais que dobraram entre as mulheres (8,8% para 18,5%) e quase triplicaram nos homens (4,8% para 14,0%) entre 1990 e 2022;


879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022 (504 milhões de mulheres e 374 milhões de homens), em comparação com 195 milhões registrados em 1990.

O Brasil ocupou o 70º lugar na classificação geral de obesidade em mulheres. A taxa de obesidade aumentou de 11,9% em 1990 para 32,6% em 2022.


A prevalência da obesidade foi classificada como a 65ª mais alta do mundo para os homens em 2022. A taxa aumentou de 5,8% em 1990 para 25% em 2022.

"É muito preocupante que a epidemia de obesidade que era evidente entre adultos em grande parte do mundo em 1990 agora se espelhe em crianças e adolescentes em idade escolar. Para combater com sucesso ambas as formas de desnutrição, é vital que melhoremos significativamente a disponibilidade e a acessibilidade de alimentos saudáveis e nutritivos", disse o professor Majid Ezzati, autor do estudo.

Classificação Indicativa: Livre

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