Saúde

Alerta de spoiler: síndrome do Coringa é causada por lesões no cérebro

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Entenda as Síndrome Pseudobulbar e saiba quais são os cuidados após diagnóstico  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/10/2019, às 18h14   Yasmin Garrido


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A primeira vez que o personagem do Coringa (Joker, em inglês) surgiu foi em 1940, nas histórias em quadrinhos. Criado por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Kane, ele voltou às telonas na última quinta-feira (3), desta vez como protagonista, no longa protagonizado pelo ator Joaquin Phoenix.

O que mais chamou a atenção de quem já foi conferir a história do inimigo do Batman foi uma característica peculiar: o riso incontrolável. Chamada de Síndrome Pseudobulbar, a doença é mais comum do que se pode imaginar e acontece após o cérebro sofrer lesões. De acordo com a American Stroke Association, os episódios, que podem acontecer até 100 vezes ao dia, são notados, por exemplo, em vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), pessoas com alzheimer e portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

“Entre as características mais marcantes da doença estão dificuldade para falar e para engolir adequadamente, alteração na movimentação dos músculos da face e da língua e labilidade emocional: riso ou choro inadequados, exagerados ou desproporcionais a um evento”, explicou o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes.

No entanto, apesar de 53% dos sobreviventes de AVC relatarem os sintomas, apenas 20% ouviram falar da doença. As explicações para as incongruências emocionais são algumas, entre elas o fato de a parte do cérebro que controla o riso ser a mesma que comanda o choro, o sistema límbico.

Apesar de a síndrome não ser rara, as opções de tratamento são poucas e a doença ainda não possui cura. É recomendável, no entanto, que pacientes diagnosticados tenhas “uma abordagem multidisciplinar e reabilitação em cada ponto afetado, com acesso a neurologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia”, orientou o médico. Além disso, medicamentos sintomáticos, como antidepressivos, podem compor o tratamento.

Classificação Indicativa: Livre

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