Saúde

Vinho tinto deixa de ser exaltado pela medicina; entenda

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Com o passar dos anos, pesquisadores descobriram que consumo moderado de vinho não traz benefícios à saúde  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 21/02/2024, às 11h38 - Atualizado às 11h39   Cadastrado por Daniel Brito


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Por muitos anos, o vinho foi exaltado pela medicina. A bebida alcoólica era avaliada e recomendada pelos médicos, que diziam que fazia bem para o coração. 

Na avaliação de muitos profissionais, o vinho tinha uma espécie de efeito de limpeza, que impedia as células formadoras de coágulos sanguíneos de se agarrarem às paredes das artérias, reduzindo o risco de um bloqueio e, consequentemente, de um infarto.

A visão, no entanto, não era unânime. Pesquisadoresvinham apontando problemas com esse tipo de estudo desde a década de 1980, questionando se o álcool era responsável pelos benefícios. Algumas teorias eram levantadas, como a de que, por exemplo, quem bebia moderadamente era mais saudável por causa das boas condições financeiras - que levariam, consequentemente, a se cuidarem mais.

Revisões dos estudos foram feitas em especial a partir da década de 2000. Tim Stockwell, epidemiologista do Instituto Canadense de Pesquisa sobre o Uso de Substâncias, foi um dos que participaram dessas iniciativas. A partir delas, percebeu-se que os benefícios do consumo moderado de álcool não existiam.

Um deles, publicado em 2023, atestou que o álcool não é uma bebida saudável para o coração. Em 2022, pesquisadores descobriram ainda que, além da inexistência de  benefícios, o consumo poderia aumentar o risco de problemas cardíacos.

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