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Rodoviários não descartam paralisação em caso de redução de linhas, revela diretor do sindicato

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A categoria busca audiência pública com os vereadores para discutir a questão junto ao secretário de mobilidade   |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 07/11/2018, às 11h03   Tiago Di Araujo


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A relação entre o Sindicato dos Rodoviários e a prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Mobilidade, está em um momento de tensão. A notícia de possível desativação de algumas linhas de ônibus da capital baiana deixou os trabalhadores em estado de alerta pelo risco no aumento de desemprego na categoria.

Na tarde desta terça-feira (6), os trabalhadores realizaram um ato em frente à Câmara Municipal de Salvador e ameaçaram fazer "diversas manifestações" pela cidade caso as reinvindicações da categoria não sejam atendidas. No mesmo dia, os rodoviários levaram ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) o pedido formal para evitar redução de linhas de ônibus e para que sejam mantidos os postos de trabalho.

Nesta quarta-feira (7), em entrevista ao apresentador José Eduardo, na rádio Metrópole FM, o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, reforçou o objetivo da categoria e cobrou posicionamento do prefeito ACM Neto. "Encaminhamos ontem um documento ao Ministério Público e ao MPT. Estamos provocando uma audência pública na Câmara de Vereadores, através do presidente Hélio Ferreira. O pai da criança é o prefeito da cidade, junto com a mobilidade, que é quem controla o transporte coletivo".

Segundo o representante, a audiência deve acontecer na próxima semana para que o assunto possa ser debatido com todas as partes. No entanto, Mota não descarta paralisação, além das diversas manifestações já prometidas pela categoria. "Primeiro o diálogo. O protesto vem em segundo momento. Queremos levar esse debate para os responsáveis. Se não resolver nada, vamos chamar os rodoviários para uma medida mais dura. Se não tiver decisão, vamos chamar a sociedade para responsabilizar esses gestores", afirmou.

O diretor aproveitou para chamar atenção para questão do transporte clandestino e voltou a cobrar atitude do prefeito. "A prefeitura diz que não tem força policial para resolver isso. E de quem é o problema? É o secretário de mobilidade que tem que resolver isso. Ele resolva com a Polícia Militar. Será que essa cidade não tem lei? Não tem respeito? Fábio Mota joga a responsabilidade para cima do Governno e fica essa quebra de braço.

Caso a audiência seja acatada, conforme pedido entregue através de ofício ao vereador Hélio Ferreira (PCdoB), presidente da Comissão de Transportes, solicitando uma sessão especial para discutir a extinção dos postos de trabalho, a reunião deverá acontecer na próxima semana.

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