Ciência

Modernização de equipamento no Porto de Salvador dobra capacidade de descarga de grãos

Roberto Viana
J. Macêdo investiu R$300 milhões na Bahia   |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 26/10/2017, às 19h50   Tamirys Machado


FacebookTwitterWhatsApp

A modernização do novo equipamento que descarrega grãos no Terminal Portuário de Salvador dobra a capacidade de descarga, reduz o tempo de diário dos navios, além de permitir mais segurança alimentar nos produtos como farinha de trigo, massas e biscoitos do grupo J. Macêdo. Nesta quinta-feira (26), o grupo J.Macêdo e a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) apresentaram um novo sistema de descarregamento mecânico de grãos de navios. Com o novo equipamento a produtividade aumentou de 150 toneladas/hora para 300 toneladas/hora, ou 7.200 toneladas/dia. A ação custou R$ 27,5 milhões e foi realizada pela J.Macêdo. 

O presidente da empresa, Luiz Henrique Lissoni, explicou que além de permitir mais eficiência com o novo sistema, a segurança alimentar também será impactada. “Esse trigo é todo transportado de forma segura e rápida para o moinho que está passando por um processo de expansão. Transformar isso com mais eficiência para as padarias supermercados, etc [...] Além disso, tem a questão da segurança alimentar, higiene, já que o sistema permite fazer o processo todo selado”, explicou. 


Ainda conforme Lissoni isso impacta no valor do produto final que chega a mesa do consumidor. Ele revelou que melhora o custo benefício com o novo sistema, já que reduz pela metade o tempo que o navio fica atracado, economizando então no valor da diária. Uma diária chega até 30 mil dólares.  “Um navio que ficava 5 dias, agora ficará 2 dias e meio.  Podemos receber cargas maiores com o custo por quilo mais baixo, liberando mais rápido. Economia de diárias, energia elétrica [...] O que queremos é ter um produto acessível. A gente se esforça muito para transformar produtividade para acessibilidade”, pontuou. Além da redução do valor final do produto, o novo processo de descarregamento permite contribui também para a geração de emprego, segundo o presidente da J. Macêdo. “Gera mais produtividade e por isso contratação de pessoal”. 

Eduardo Bezerra, representante do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação do Brasil, avaliou como positivo o investimento e ressaltou que de 2010 a 2015 a expansão de cargas nos Portos do país cresceu 20%. “É muito bem vindo uma vez que, além de ampliar a eficiência, duplicando a capacidade de recepção de grãos, traz junto uma segurança para operação portuária, além de demonstrar preocupação com as condições ambientais, pois elimina a emissão de partículas que ficam em suspensão, eliminando pragas como pombos”. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp