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Falta promoção do destino, diz diretor da Salvatur sobre queda no Turismo

Publicado em 10/05/2016, às 07h29   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)



A diminuição da procura de turistas estrangeiros pela Bahia é motivada pela falta de promoção do destino. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV) e diretor da Salvatur, José Alves, que ainda acrescenta questões políticas, econômicas e de saúde pública à propaganda negativa do país no exterior. Dados do Anuário Estatístico do Ministério do Turismo apontam que a Bahia vem recebendo cada vez menos turistas estrangeiros, conforme noticiado pelo jornal Correio. 
De acordo com José Alves, desde o ano passado, representantes do ramo vêm dialogando através de audiências com o governador Rui Costa e o secretário municipal de Cultura e Turismo, Érico Mendonça, no intuito buscar meios para aquecer o setor. "Falta promoção do destino, que está sendo tímida. Quando a propaganda é intensa, o resultado é rápido no turismo", frisa. Para ele, tanto o Estado quanto o Município investem em propagandas destinadas ao público local, que não atraem o público externo. "A Prefeitura faz, mas não divulga para fora", diz.  
O cenário atual, segundo Alves, rendeu cerca de 38% de ocupação nos hotéis locais no último mês. "É um assunto batido, mas é preciso rever a questão do Centro de Convenções. Alguns congressos em Salvador são realizados em hotéis, muitos sem o espaço devido para grandes eventos. Turismo não é só de lazer, é corporativo também", afirma. 
'Velho Chico'
Ao reforçar a tese de investimento na promoção do destino, José Alves cita a teledramaturgia para exemplificar o que pode ser feito. "Temos uma novela sendo transmitida atualmente, a Velho Chico" (Rede Globo), que mostra histórias e a beleza natural do interior da Bahia e não aproveitamos isso, tem que aproveitar. Inserir chamadas para o Estado nos intervalos da novela", sugere. 
Sobre a atual resistência dos estrangeiros,  o dirigente também credita a baixa às notícias ruins que saem do Brasil. "Isso é culpa das notícias ruins que chegam lá fora. É impeachment, é instabilidade econômica, é insegurança, e quando o turista chega já pergunta se aqui tem zika (vírus)", diz.
Para José Alves, a situação só tende a melhorar após a definição política no Brasil, que, segundo ele, irá refletir na economia. "Vamos esperar o desenrolar do impeachment", aconselha. 
Publicada no dia 9 de maio de 2016, às 12h

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