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José Alves e Isaac Edington discutem medidas para tornar Carnaval mais atrativo

Publicado em 06/06/2017, às 13h07   Guilherme Reis


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Aconteceu na manhã desta terça-feira (06), no Othon Palace, mais um debate da série que compõe o Panorama Carnaval, realizado ao longo da semana pela Comissão do Carnaval, da Câmara Municipal de Salvador. Na discussão que abordou o modelo de negócio e de financiamento da folia, o presidente da Saltur, Isaac Edington, o secretário estadual de Turismo, José Alves, e o presidente da Associação Brasileira do Entretenimento (Abre), Clinio Bastos, foram unânimes em um ponto: é preciso diálogo e união de todos os atores envolvidos na festa para renová-la e torná-la mais atrativa a cada ano.

Em sua explanação, Edington apresentou o balanço do Carnaval de Salvador em 2017 e garantiu que a Prefeitura tem ampliado os investimentos, mas defendeu que é necessário equilibrar a participação de todos os componentes financiadores: público, folião, patrocinadores e o Poder Público. “O que a gente precisa se concentrar é o que acontece com o folião, que é o soberano. Não é a prefeitura nem o governo do Estado. Quem define o Carnaval é o folião, precisamos saber se os nossos produtos estão atendendo ao nosso folião. A demanda dele tem se modificado ao longo dos anos. Acho que temos produtos que fazem sucesso hoje que atendem a essa demanda e outros não. Essa é a discussão”, acrescentou, em entrevista ao BNews.

José Alves insistiu na necessidade de divulgar e promover melhor a cidade e a Bahia como destinos turísticos durante essa época do ano. De acordo com o secretário, o esforço deve ser no sentido de convencer os turistas sobre a vantagem de vir a Salvador.  “A minha mensagem é que os empresários aproveitem o momento, já que a Secretaria e a Bahiatursa estão participando de eventos no Brasil e no exterior”, disse ao BNews. “Montamos estandes grandes e temos uma presença enorme, chegamos para fazer a representação que a Bahia merece. E o empresário precisa aproveitar isso. No passado, éramos comprados, a gente não precisava se vender. Hoje, a gente disputa o Carnaval não é com outros carnavais. Disputamos com clientes que têm a opção de ir para Florianópolis, Cancun, para a Europa... No mundo globalizado, disputamos com outros destinos de viagem”, assinalou.

Por sua vez, Clinio Bastos defendeu a criação de um plano de comunicação unificado entre prefeitura, governo do Estado e empresários. “Não dá para cada um caminhar em uma direção”, ponderou, acrescentando que o fortalecimento da festa deve ser buscado visando todos os setores, incluindo os camarotes, que precisam dialogar com a rua. “Não existe camarote sem rua. Não me interessa enquanto empresário de camarote a fragilidade da rua”, disse.

Já o representante do Carnaval de Salvador pelo Comcar, Paulo Leal, acredita que o momento requer diálogo para repensar a festa. “É muito pouco o tempo para dizer alguma coisa. A minha proposta é diálogo, conversar com todos os segmentos. A minha proposta como coordenador é criar diálogo do Carnaval para que dê resultados. É através de conversa que vamos nos unir para salvar o Carnaval”, pontuou.

Nesta terça, acontecem mais três mesas que discutirão o Carnaval enquanto cultura e entretenimento, e também as estratégias de captação para recursos. 

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