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Secretário de Turismo vê cenário otimista para retomada do setor na BA, mas ocupação hoteleira ainda está abaixo do esperado

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Segundo com levantamento da IPC Maps, o turismo do Brasil movimentará, até o final deste ano, aproximadamente R$ 60,6 bilhões  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Setur-BA

Publicado em 22/09/2021, às 13h28   Diego Vieira


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O secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacellar, classificou como otimista a retomada do setor no estado, principalmente com as proximidades do verão. No entanto, apesar do cenário otimista, ele afirma que os níveis ainda continuam abaixo de 2019 – antes da pandemia.

“Com o avanço da vacinação, a queda no número de mortes e internamento, nós estamos bastante otimistas com a retomada das atividades turísticas. Infelizmente os nossos números ainda não são os mesmos de antes da pandemia, mas as curvas dos gráficos da movimentação turística atualmente em nosso estado são ascendentes”, afirmou o secretário em entrevista ao BNews.

Segundo com levantamento da IPC Maps, o turismo do Brasil movimentará, até o final deste ano, aproximadamente R$ 60,6 bilhões. Destes, R$ 2,3 bilhões devem girar na Bahia. A quantia recupera parte dos resultados perdidos em 2020 por conta da Covid-19, quando a atividade gerou R$ 53,7 bilhões. 

De acordo com Bacellar, apesar de o estado ainda não ter conseguido alcançar índices similares ao período de pré-pandemia, já foi registrado um aumento no fluxo de passageiros nos aeroportos, ocupação hoteleira e no consumo de energia nos equipamentos com características turísticas.  

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O estudo feito pelo IPC Maps mostra ainda que o setor turístico do Brasil levará certo tempo para voltar ao patamar pré-pandêmico. Há dois anos, por exemplo, o potencial de consumo em viagens foi 15,5% maior que o projetado para 2021, chegando a R$ 71,6 bilhões.

Na Bahia, a atividade turística representava, antes da pandemia, 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. A expectativa, segundo o secretário, é de conseguir recuperar essa marca em um curto espaço de tempo.

“A ocupação hoteleira, no mês de agosto, ainda não alcançou os níveis de pré-pandemia. Se nós formos comparar com 2019, por exemplo, nós tínhamos no mês de agosto uma média de 62% de ocupação. Por outro lado, alguns meios de hospedagens como os resorts conseguiram aumentar a sua ocupação e está numa faixa de 80% de ocupação que é considerado um nível de pré-pandemia”, afirma.

Dados do estudo “Monitora Turismo” baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, apontam que o setor turístico registrou alta de 25% nas vagas formais ocupadas no mês de julho, em comparação com o mês anterior. Do total de empregos criados em todo o Brasil (316,6 mil), as empresas de turismo contrataram de cerca de 20,3 mil profissionais.

O levantamento indicou ainda dados estaduais, por capitais e de alguns dos principais destinos turísticos do país. Na esfera estadual, Paraná (95%), Bahia (89%) e Pernambuco (68%) foram os que apresentaram os maiores índices percentuais de crescimento no período.

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Para o secretário, a realização do Carnaval pode contribuir ainda mais para a melhoria dos índices. Entretanto, ele frisa a necessidade de serem levados em consideração os níveis de vacinação em todo o mundo para que festa ocorra com segurança e consequentemente aqueça o setor turístico do estado.

“O Carnaval é uma festa universal, então nós não podemos apenas nos debruçar nos níveis de vacinação da Bahia e de Salvador que são excelentes. Uma festa com as dimensões do Carnaval precisa que seja observada a vacinação no mundo”, diz.

A secretária interina da Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), Tereza Paim, afirmou, na manhã desta quarta-feira (22), que uma das possibilidades para a realização do Carnaval em 2022 é a apresentação da carteira de vacinação nos circuitos da folia. Ela acrescentou ainda que está sendo pensado pelo governo do estado a comprovação da imunização como critério para entrar em outros espaços.

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