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Brasil tem boa retomada do setor aéreo pós-pandemia, mas fica atrás de Colômbia e Argentina

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Recuperação do setor aéreo no pós-pandemia no Brasil é mais lenta do que em outros países da América do Sul  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Marcelo Camargo // Agência Brasil
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 04/06/2023, às 12h28


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O setor aéreo foi um dos mais atingidos pela chegada da pandemia do Coronavírus. Agora com o passar do tempo e da fase mais aguda da pandemia, o mundo está tentando recuperar os prejuízos. No setor aéreo, a recuperação do Brasil tem sido satisfatória, porém mais lenta do que em países como Colômbia, México e Argentina, mostram dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).


Em fevereiro deste ano, os voos domésticos no Brasil levaram 2,4% a menos de passageiros, na comparação com fevereiro de 2019, antes da crise sanitária, aponta o levantamento. Já na Colômbia, o total de passageiros em fevereiro de 2023 foi 27,8% maior do que no mesmo mês de 2019. México, com 20,9% a mais, e Argentina, com 3,9% a mais, também estão em melhor situação.

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Entre os países da região com recuperação mais lenta, há destaque para o Chile, onde o mercado atual ainda é 11% menor. Nos EUA, o total de passageiros transportados foi 1% abaixo do registrado em 2019.


Peter Cerdá, vice-presidente da Iata para as Américas, avalia que a recuperação mais forte de México e Colômbia ocorreu porque os dois países retiraram medidas de precaução contra a Covid meses antes do que os vizinhos. Sobre o Brasil, ele ressaltou que o país tem hoje mais rotas aéreas do que antes da pandemia, com mais cidades atendidas, apesar de o número de passageiros ainda estar abaixo do nível anterior.


O vice-presidente da Iata fez várias críticas aos governos da região, por projetos para aumentar direitos dos consumidores e criar impostos sobre o setor aéreo. Segundo ele, no México, impostos representam até 60% do preço do bilhete, e na Argentina, as taxas podem chegar a 50% do total.


"O ambiente de operação é muito complexo. É uma região que tem passado por mudanças políticas e sociais significativas. A maioria dos países da região mudaram de governos de centro-direita para centro-esquerda, o que faz com que você se afaste da mentalidade mais pró-negócios em direção a políticas direcionadas ao social. A inflação subiu e o dólar ficou mais forte, o que enfraqueceu as moedas locais", avalia Cerdá, segundo a Folhapress.

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