BNews Turismo
O CEO da Azul Linhas Áreas, John Rodgerson, declarou em entrevista ao Jornal O Globo que a economia brasileira não permite que as companhias aéreas abaixem os preços das passagens.
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Segundo o manda-chuva da empresa, o modelo 'low cost' não funcionaria no Brasil, principalmente devido aos custos operacionais elevados, câmbio desfavorável, combustível que diz ser o mais caro do mundo e alta judicialização.
"Várias coisas são diferentes no Brasil. Por exemplo, o preço do combustível é o mais caro do mundo, tem o dólar, os processos judiciais são os mais altos do mundo. Temos 3% dos voos do mundo e 90% dos processos. Se uma low cost vem aqui e o Santos Dumont fecha, ela é responsável por todos os custos. Acho que o modelo não funcionaria no Brasil neste momento. Quem sai perdendo é o Brasil, é a classe C, porque a tarifa média tem que ser mais cara", disse Rodgerson.
De acordo com o empresário, uma das formas de democratizar o acesso ao avião é investir na infraestrutura de aeroportos, particularmente os regionais.
"Aeroportos estão lotados. A única maneira para ter uma tarifa mais razoável é crescer, ter mais oferta. Se a gente não colocasse mais voos no ar, a tarifa iria subir ainda mais", completou.
Para tentar sanar o problema, a Azul Linhas Aéreas pretende pretende ampliar de 160 para 200 o número de destinos no Brasil em três anos. Somente em comparação ao ano de 2019, a companhia aérea já havia tido uma ampliação equivalente a 30%.
"Antes da pandemia, a Azul voava para 119 cidades. Hoje, para 160. Vejo oportunidade para chegarmos a 200 cidades nos próximos três anos. Somos a única empresa aérea que tem na sua frota aeronaves com nove e com 330 assentos", concluiu o CEO.
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