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Presidente da Comissão de Turismo da Câmara, Bacelar espera decisão sobre Carnaval nacionalizada e tomada até 15/12

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Deputado apresentou requerimento para discutir viabilidade da festa no País  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 30/11/2021, às 15h08   Rafael Albuquerque


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O presidente da Comissão de Turismo da Câmara, deputado Bacelar (Podemos-BA), apresentou na última quarta-feira (24) um requerimento para discutir a viabilidade do Carnaval em 2022. Com a proximidade do evento e a possibilidade de uma nova onda de contágio da Covid-19, a realização da festa prevista para acontecer entre de 19 de fevereiro e 6 de março passa a preocupar autoridades sanitárias.

Mesmo com a imunização avançada entre os brasileiros, com percentual 61% da população, o temor do parlamentar é que o surto de contaminações que tomou conta da Europa atinja o Brasil após as aglomerações. Por isso, Bacelar aponta que a decisão deve nacionalizada, não cabendo a cada município decidir, individualmente, pela realização ou não da festa.

Em entrevista ao BNews, Bacelar afirmou que a reunião tem chamado atenção das bancadas de diversos estados. "A reunião vai ser dia 08/12 e tem despertado muito interesse em bancadas de estados diferentes. É um assunto que afeta todo o Brasil e que precisa de uma orientação e uma coordenação nacional. Do jeito que estamos é só incerteza e confusão, e não é bom nem pra economia, nem pro turismo e nem pra saúde", afirmou.

"No caso específico do Carnaval, é um evento que movimenta cerca de R$ 10 bilhões. Imagine com o turismo, pois muitas cidades não têm carnaval, mas tem atividade turística, como Lençóis, por exemplo. Acho que o Carnaval vai ser uma decisão nacional. Imagine se Recife não faz carnaval e Olinda faz, a confusão que vai ser", destacou.

Questionado se a chegada da variante Ômicron ao Brasil seria um motivo plausível para o cancelamento dos festejos de Carnaval, Bacelar ponderou: "Nós precisamos tomar uma decisão. Um dos motivos pra se discutir a realização ou não é essa nova variante. A experiência internacional tem nos mostrado que mesmo com vacinação é necessário usar máscara e manter o distanciamento social. Num evento fechado eu posso controlar, mas num evento aberto, como no caso do Carnaval, que movimenta milhões de pessoas, como vou poder controlar isso? Como os protocolos serão seguidos? Os infectologistas têm, em quase sua totalidade, sinalizado pela não realização do Carnaval".

O presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados afirmou que o colegiado não pode emitir um parecer acerca do assunto. "O que podemos fazer é sugerir um consenso nacional onde se decidiria o casos. Podemos sugerir que os ministérios proíbam a entrada de estrangeiros em território nacional, mas o resto é autonomia dos municípios", afirmou ao BNews.

O deputado baiano também afirmou acreditar que a situação da Covid-19 no Brasil foi agravada justamente em decorrência da realização do Carnaval de 2020 e estabeleceu uma data que seria o limite para a divulgação da decisão de realização ou não do Carnaval 2022: "Acredito que no Brasil a situação chegou da forma que chegou em decorrência do Carnaval de 2020. Não é uma decisão fácil, é uma decisão política, e a política é a arte de você conseguir convencer posições contrárias e encontrar uma decisão média. Acredito que [a decisão será tomada] no mais tardar até 15 de dezembro".

Como alternativa para amenizar os prejuízos econômicos em decorrência de um possível cancelamento do Carnaval, Bacelar falou sobre um auxílio emergencial para trabalhadores da cadeira produtiva da maior festa popular de rua do planeta. "Tem um Projeto de Lei que tramita na Câmara para que haja auxílio emergencial para trabalhadores do Carnaval. A economia movimenta cerca de R$ 10 bilhões no Carnaval, e temos uma proposta de auxílio de R$ 3 bilhões para minimizar os efeitos de um possível cancelamento", salientou.

Questionado pela reportagem sobre como, de forma prática, a decisão sobre o Carnaval seria tomada, considerando que são milhares de municípios e muito interesses, Bacelar explicou: "representando os prefeitos temos a Confederação Nacional dos Municípios, temos o Fórum dos Prefeitos das Capitais, etc. Seria uma recomendação feita por algumas dessas entidades. E aí já pensando mais pra frente, na lei que vai criar o auxílio, a exigência seria que pra receber o município não tivesse realizado nenhum festejo de Carnaval".

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