Suspensão dos voos da GOL em cidades baianas repercute entre autoridades e trade turístico; confira

A Bahia foi surpreendida no início desta semana com o anúncio do rompimento da parceria comercial entre a GOL e a Voepass, que acarretou na suspensão de voos para importantes cidades do estado. A companhia anunciou que tem realizado modificações em sua malha aérea e que, a partir de maio, as cidades baianas de Barreiras e Lençóis, na Chapada Diamantina, e Paulo Afonso e Teixeira de Freitas serão diretamente afetadas. 

A GOL apenas descreveu estas bases como temporariamente afetadas, sem definir datas previstas para a retomada das operações. 

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O anúncio caminha na contramão do que a companhia havia pregado quando implantou voos nestes destinos em 2022, quando havia aberto um centro de distribuição de voos na Bahia com objetivo impulsionar o número de voos nacionais e internacionais em destinos baianos. 

O ex-deputado federal com base política nas regiões Oeste e Chapada Diamantina, Cacá Leão, atual secretário de Governo da Prefeitura de Salvador, afirmou que os agentes políticos do estado precisam unir esforços para evitar a suspensão de voos regionais da Gol Linhas Aéreas na Bahia. 

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"Mesmo que a companhia aérea tenha anunciado ser uma suspensão temporária, precisamos trabalhar para que isto não se concretize. O impacto no desenvolvimento econômico e no dia a dia dos baianos e baianas é incalculável. O Oeste, que é uma potência do agro para o país, será penalizado. A Chapada, com seu potencial turístico, além do sertão e extremo sul, idem. É hora de unir forças", comentou. 

Questionado, o secretário de Turismo do estado, Maurício Bacelar, declarou ao BNews que a suspensão dos voos foi uma grande surpresa para o governo: "O comunicado do rompimento desta parceria nos pegou de surpresa, mas o governo do estado já está negociando com companhias aéreas brasileiras para que, ainda em abril, a continuidade dos voos para Lençóis, Paulo Afonso, Barreiras e Teixeira de Freitas seja anunciada". 

Ao BNews, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV-BA), Jean Paul, também lamentou a situação.

Jean afirmou que, caso realmente se confirme, será um grande impacto negativo para essas regiões: "Os destinos oferecem muitos atrativos, mas ficam localizados longe dos grandes centros, o que muitas vezes afasta os visitantes, já que o acesso rodoviário, além de levar tempo, não possui estradas em bom estado".