Coronavírus

Médicos contrários à vacina vendem 'reversão' e 'detox vacinal' pelo WhatsApp

Joilson César / BNews
Um dos profissionais garante que o tratamento dura quatro semanas  |   Bnews - Divulgação Joilson César / BNews

Publicado em 27/03/2023, às 21h41   Cadastrado por Bernardo Rego


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Um grupo de médicos se declararam contra a vacina durante a pandemia da Covid-19. Um deles é o médico Marcos Falcão que oferece “tratamento precoce, tratamento pós-Covid, tratamento Covid, solicitação de exames".


Segundo o UOL, em contato com profissional para saber a respeito do tratamento, foi informado que o procedimento é online. “É online, por meio de mensagens e áudios. Havendo necessidade, o doutor faz ligações”, destacou a equipe do médico. É assim que ocorrem as consultas virtuais onde há um suposto "detox vacinal" ao preço de R$ 470.


Na consulta, Falcão receitou medicamentos como ivermectina "para retirar a proteína spike" — o encaixe químico usado pelo vírus para infectar as células humanas — vitaminas, anti-inflamatórios e uso de "aspirina 100 mg por dia pelo resto da vida", além de diversos exames para realizar uma desintoxicação dos "efeitos nocivos da vacina".


Ele se identifica como "Cidadão livre para dar minhas opiniões" no Instagram. Dono de um canal no YouTube com mais de 287 mil inscritos, posta vídeos com críticas ao atual governo e em apoio ao ex-presidente.


O contato comercial anuncia que o médico assina atestados que isentam a vacinação contra a covid-19.
No fim da conversa, após fornecer as receitas e os pedidos de exame, o médico informa que o tratamento possui duração de quatro semanas.


De acordo com o Conselho Federal de Medicina(CFM), a comunicação entre médicos e pacientes pelo WhatsApp não pode ser enquadrada como telemedicina (prática regulamentada) ou um espaço para consultas.


A respeito da prática de "detox vacinal", o CFM afirmou em nota: "Para manter sua isenção, o CFM não comenta preliminarmente casos concretos. Qualquer denúncia contra médicos deve ser direcionada inicialmente ao CRM do estado onde aconteceu o episódio para obter outras informações".

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