Justiça

OAB derruba tentativa de censura contra advogada de mulheres que processaram humorista

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O ator e humorista emplacava uma tentativa de censura e advertência à advogada após acusações de assédio  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 25/03/2024, às 18h32   Melissa Lima


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O Tribunal Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF) derrubou a última tentativa do humorista Marcius Melhem de aplicar pena de censura e advertência contra a advogada Mayra Cotta.

Ela é a representante das 11 mulheres que acusaram Melhem de assédio, incluindo a também humorista Dani Calabresa.

O Pleno, através de seus 90 componentes, analisou o recurso proposto pela defesa de Melhem. O humorista acusa a advogada de irregularidades na sua manifestação sobre o processo judicial nas redes sociais.

A decisão final pela absolvição de Mayra Cotta foi quase unânime, apenas quatro dos cerca de 80 componentes aptos votaram contrários à advogada. A defesa de Marcius Melhem ainda pode recorrer da decisão no Conselho Federal da OAB.

Através de nota, a defesa do ator afirmou: “A defesa não irá se manifestar em razão do sigilo imposto pela OAB/DF. Causa espécie a reiteração de vazamentos seletivos para o Metrópoles, desta vez sobre o recurso contra a condenação da advogada Mayra Cotta por comportamento profissional antiético.”

O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia contra Marcius Melhem e o jornalista Ricardo Feltrin por crime de perseguição e violência psicológica contra as mulheres que acusam o humorista de assédio sexual e moral.

A denúncia veio à tona no último dia 26 e deu conta de que Melhem cometeu os supostos crimes através das redes sociais. O ex-diretor global já é réu na Justiça do Rio de Janeiro por assédio sexual contra três de suas denunciantes.

“Marcius Melhem e Ricardo Feltrin, com vontade livre e consciente, perseguiram – e promoveram perseguição por terceiros não identificados –, reiteradamente, as vítimas”, afirmou o MP.

O órgão acrescentou ainda que a perseguição aconteceu “por razões da condição do sexo feminino, ameaçando sua integridade física e psicológica, e perturbando suas esferas de liberdade e privacidade”.

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