Entretenimento

Marcius Melhem é investigado por outro crime após virar réu por assédio sexual contra três atrizes; saiba detalhes

Reprodução / YouTube
O diretor foi oficialmente denunciado por assédio sexual pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ)  |   Bnews - Divulgação Reprodução / YouTube
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

[email protected]

Publicado em 09/08/2023, às 10h45


FacebookTwitterWhatsApp

A situação de Marcius Melhem com a Justiça é ainda mais complicada do que estampou os noticiários nesta semana. O ex-diretor da TV Globo virou réu por assédio sexual contra três atrizes após Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentar denúncia criminal à Justiça do Rio.

No entanto, ele ainda responde por outro crime. Segundo informações divulgadas pela colunista Juliana Dal Piva, do portal Uol, Melhem também é investigado em dois inquéritos por violência psicológica. Ao todo, oito mulheres teriam relatado casos semelhantes aos órgãos públicos no Rio e também em São Paulo.

Assédio sexual
Tudo começou em 2020, a partir da denúncia de Dani Calabresa, que foi exposta publicamente pela Revista Ceará. O caso da atriz foi arquivado pelo MP-RJ em razão da prescrição dos fatos. Outras cinco vítimas também tiveram o arquivamento proposto em razão da prescrição.

Na última sexta-feira (4), a denúncia criminal de assédio sexual de forma continuada contra três vítimas foi formalizada e agora agora tramita 20ª Vara Criminal, onde foi decretado segredo de justiça. O caso foi conduzido por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Botafogo e Copacabana.

De acordo com a publicação, ma das vítimas é a atriz Carol Portes, que já contou ter sido assediada pelo idealizador, ator e redator do programa 'Tá no Ar', exibido na TV Globo e onde ela trabalhava na ocasião. Além de Carol Portes, a denúncia é baseada nos depoimentos da atriz Georgiana Góes e de outra funcionária M.T.C.L., que preferiu ter a identidade preservada.

Defesa de Marcius Melhem
Em todos os casos, o ator - através dos seus advogados - nega as acusações e acusa o favorecimento às vítimas com as mudanças dos magistrados responsáveis pelo caso.

"A escolha ilegal de uma promotora que não teve nenhum contato com as investigações, em evidente violação ao princípio do promotor natural, fato gravíssimo já levado à apreciação do Supremo Tribunal Federal, resultou, como se esperava, em uma denúncia confusa e inteiramente alheia aos fatos e às provas. Ignorando totalmente os elementos de informação do Inquérito Policial, a denúncia acusa Marcius Melhem do crime de assédio sexual contra três das oito supostas vítimas. No momento oportuno, esta absurda acusação será veementemente contestada pela defesa do ex-diretor, que segue confiante na Justiça, esperando que a magistrada não dê prosseguimento ao processo, como lhe faculta a lei", informam Ana Carolina Piovesana, José Luis Oliveira Lima, Letícia Lins e Silva e Técio Lins e Silva.

Defesa das vítimas
Já a defesa das vítimas garante que as denúncias serão comprovadas e que o ex-diretor deverá ser responsabilizados pelos crimes cometidos.

"A acusação do Ministério Público no caso Marcius Melhem, prontamente aceita pela Justiça, demonstra que a investigação confirmou os fatos corajosamente denunciados pelas vítimas. Em outras palavras: para o Ministério Público, Marcius Melhem cometeu reiteradamente assédio sexual. Mais que isso, a concretização da denúncia mostra que a campanha de intimidação levantada pelo assediador contra as atrizes e profissionais envolvidos nas apurações não surtiu efeito, tendo os órgãos de persecução penal cumprido seu papel. A defesa ainda não teve acesso ao conteúdo da denúncia e, por esse motivo, não pode comentar dados específicos neste momento. Confiamos no Judiciário brasileiro para que uma resposta justa e exemplar para os episódios denunciados venha com celeridade, à altura do que um caso emblemático e grave como esse exige para as vítimas e para a sociedade", informam Antônio Carlos de Almeida Castro, Mayra Cotta, Marcelo Turbay e Davi Tangerino.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp