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ESG na Mineração é tema discutido na Exposibram 2023

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Exposibram é o maior evento de mineração do Brasil  |   Bnews - Divulgação Foto: José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 02/09/2023, às 12h44   Cadastrado por Beatriz Araújo



No setor de mineração, o “S” de ESG (ambiental, social e governança) deve ser tratado por meio de uma abordagem territorial. Isso é o que defendeu o diretor da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gonzalo Enriquez, e a sócia-fundadora da Diagonal, empresa de consultoria e gestão socioambiental, durante a Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram 2023).

Para Gonzalo, um dos principais problemas da Amazônia é o modelo tradicional de produção baseado na baixa agregação de valor. O diretor acredita que para que seja a problemática seja resolvida, o modelo deve ser substituído por uma alternativa produtiva que inclua comunidades tradicionais e populações originárias. A universidade seria uma contribuinte neste sentido, pois segundo Gonzalo, “tem um ambiente diverso, que incorpora minorias”.

Já Katia Mello acredita que ESG deve ser tratado à “luz” de uma abordagem territorial no que se refere ao setor de mineração. “Considerando a análise social a partir do uso do território, dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Materialidade, onde o planeta não é mais importante que as pessoas, é apenas mais fácil de medir e quantificar”, considerou.

Responsabilidade social

A sócia-fundadora da Diagonal também ressaltou que a ideia já é considerada pela plataforma da União Europeia para Finanças Sustentáveis, que aborda o conceito de taxonomia social dentro de três objetivos: trabalho digno ao longo de toda a cadeia de valor; padrões de vida e bem-estar adequados para os consumidores finais; e comunidades inclusivas e sustentáveis.

Ainda durante a Exposibram, considerada o maior evento de mineração do país e um dos mais importantes da América Latina, Kátia afirmou que o principal desafio da agenda ESG é padronizar e quantificar o impacto social, já que falta uma padronização de métricas sociais. “Os investidores, especialistas e empresas descrevem o S de maneiras diferentes e, sem precisão na definição, não é possível medir o impacto social”, pontuou.

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