‘Não chegaremos a situação de outros estados’, assegura Rui Costa sobre facções cariocas na Bahia

Após o registro da chegada de integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), em Salvador, há pelo menos três meses, o sinal vermelho foi aceso para autoridades da segurança pública da Bahia. Sobre o fato, o governador Rui Costa (PT), declarou na manhã desta terça-feira (06), durante uma coletiva de imprensa, que não há hipótese da situação da Bahia se assemelhar a outros estados que são dominados pela facção. 

Para o petista, não se deve nem dar visibilidade a essas organizações. “Não é do meu domínio ou especialidade os detalhes dessas facções, mas o que posso afirmar é que a determinação nossa é forte no sentido de combatê-las. Posso assegurar que não chegaremos a situações, que eventualmente outros estados tenham chegado, Salvador, ou qualquer outro município do estado, isso posso garantir”, afirmou, durante a entrega de encosta no Subúrbio Ferroviário de Salvador. 

Os homens ligados ao CV chegaram logo após o início da pandemia do novo coronavírus e pouco tempo depois, o suposto líder da facção Ordem e Progresso (OP), Thiago Adílio dos Santos, o Coruja, foi morto em uma comunidade no Rio de Janeiro, rival do Comando da Paz (CP), na capital baiana. 

A partir dessa morte, a CP se une então com o CV, para retomar o controle do tráfico em bairros da Liberdade, Iapi, Cidade Nova, entre outras comunidades que passaram a ser alvo desses suspeitos para a prática, por exemplo, de cobrança de pedágio a comerciantes. Além disso, segundo apurado pelo BNews, há o interesse em derrubar o maior atuante do ramo no estado que é o Bonde do Maluco (BDM).

Diversos áudios e reclamações começaram a aparecer por empreendedores desses pontos da cidade mostrando a atividade desses membros cariocas.  

Há um mês, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), instaurou uma força-tarefa para apurar a prática ilegal. Os "pedágios" são taxas cobradas por grupos criminosos a donos de estabelecimentos comerciais, em troca de uma suposta segurança, no valor de R$ 100,00 por semana. 

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