Política

Aécio acusa Lula de fazer ‘intervenção do governo federal no RS’ ao escolher Pimenta para liderar ações no estado

Aécio faz críticas a Lula após escolha de ministro para cargo de liderança - Edilson Rodrigues/Agência Senado - José Cruz/Agência Brasil
Ministro das Comunicações, Pimenta foi escolhido para comandar o Ministério Extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul  |   Bnews - Divulgação Aécio faz críticas a Lula após escolha de ministro para cargo de liderança - Edilson Rodrigues/Agência Senado - José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 17/05/2024, às 14h44   Redação BNews



O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de fazer uma escolha política ao definir o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta (PT), para comandar ações do governo federal no Rio Grande do Sul.

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Lula anunciou nesta semana que designou Pimenta à chefia do Ministério Extraordinário da Reconstrução do RS. O governador do estado, Eduardo Leite, é do PSDB. Já o ministro, que é gaúcho, é especulado para concorrer ao cargo ocupado hoje pelo tucano nas próximas eleições.

Aécio afirmou que, para ele, Lula “abdica do papel de estadista” ao escolher Pimenta e realiza uma espécie de “intervenção do governo federal no Rio Grande do Sul”.

“Tudo o que nós não precisávamos nesse momento é um gesto que, na prática, politiza algo que deveria estar sendo construído com generosidade, harmonia e desprendimento”, afirmou o deputado, em entrevista à Veja.

“O presidente Lula teve uma carreira pública vitoriosa e essa tragédia deu a ele a oportunidade de ser um estadista, de ser realmente o condutor do processo de salvar vidas e de reconstrução do estado. Ele abdicou desse papel para optar por cumprir ali um papel de líder político. Um tiro no pé do presidente que vai custar caro aos gaúchos e a ele próprio no futuro”, acrescentou o deputado.

Aécio ponderou, no entanto, que as ações iniciais de Lula em relação às enchentes no RS foram corretas, já que “a presença do governante em momentos de tragédia gera certo conforto às pessoas porque passa a ideia de que aquele que pode tomar decisões e minimizar o drama está ali e vendo de perto o que está acontecendo”.

Para ele, porém, os acertos foram “jogados por terra” com a nomeação de Paulo Pimenta ao ministério provisório.

“Com essa nomeação vai haver um conflito [entre governo estadual e o novo ministério]. No momento em que ele politiza essas ações, ele presta um desserviço enorme àqueles que estão sofrendo e que precisam de harmonia das autoridades”, opinou o parlamentar.

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