Política

Economista baiano é o primeiro negro nomeado como diretor do Banco Central do Brasil (BC)

Hugo Barreto / Metrópoles
Governo Federal publicou o nome de Ailton Santos e Gabriel Galípolo no Diário Oficial da União  |   Bnews - Divulgação Hugo Barreto / Metrópoles

Publicado em 07/07/2023, às 07h20   Cadastrado por Tácio Caldas



Após ser aprovado em uma sabatina, realizada na última terça (4), no Senado Federal, o economista baiano Ailton Santos, natural de Jequié, cidade localizada no Centro-Sul da Bahia, foi oficialmente nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele assume uma diretoria no Banco Central (BC).

Representando a Bahia, essa nomeação de Ailton Santos para chefiar a Diretoria de Fiscalização tem um impacto ainda maior na história do BC, uma vez que ele será o primeiro negro compor a diretoria do banco, em 58 anos. A confirmação foi publicada na madrugada desta sexta (7) no Diário Oficial da União (DOU)

Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UFD), em Brasília, Santos já atuava no Banco Central há 25 anos como auditor-chefe. Além disso, o novo diretor do BC também possui especializações em direito público, em engenharia econômica de negócios e contabilidade internacional.

Galípolo

O paulista também foi nomeado oficialmente pelo Governo Federal por meio de publicação no DOU nesta sexta-feira (7), depois de ser aprovado pelo Senado Federal na última terça-feira (4). Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o economista també é professor universitário e foi presidente do Banco Fator.

Com vasta experiência na área, Gabriel Galípolo também já foi o "número 2" do Ministério da Fazenda durante o governo Lula, o braço direito do ministro titular da pasta, o Fernando Haddad (PT). Galípolo vai assumir o a Diretoria de Política Monetária e é um dos nomes cotados para substituir o atual mandatário do BC, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024.

Interferências

Vale lembrar que, desde 2021, uma lei garante autonomia ao Banco Central para que, todos os diretores da instituição, além do seu presidente, tenham um mandato fixo de quatro anos e sofram com interferências políticas. Inclusive, é por isso que, mesmo com diversas críticas de Lula, a presidência do BC não pode ser alterada.

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