Política
Publicado em 07/12/2022, às 19h49 Yuri Abreu
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reagiu, nesta quarta-feira (7), ao dia politicamente turbulento no Peru, tendo como personagem central o presidente do país vizinho, Pedro Castillo, aliado do petista.
Tudo começou quando o agora ex-mandatário anunciou o fechamento temporário do Congresso e a convocação de novas eleições parlamentares. Além disso, uma nova Constituição seria elaborada no prazo de nove meses.
A declaração do presidente foi dada no momento em que o Congresso peruano inicia os debates sobre uma terceira moção de vacância, algo similar a um pedido de impeachment, contra ele.
A atitude dele foi vista por cientistas políticos e advogados constitucionalistas como uma tentativa de golpe de Estado, semelhante à de Alberto Fujimori, em 1992.
A tentativa foi condenada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil em nota divulgada hoje.
De acordo com o Itamaraty, as medidas adotadas por Castillo, que foi preso na tarde de hoje, eram “incompatíveis com o arcabouço normativo constitucional daquele país [e] representavam violação à vigência da democracia e do Estado de Direito”.
Porém, ele acabou preso pelas autoridades na capital do país, Lima. Castillo é acusado de conspiração e tráfico de influência em contratos com empreiteiras para obras públicas. Ele nega acusações.
No lugar dele, tomou posse a vice-presidente do país, Dina Boluarte. A decisão foi apoiada por 101 deputados, enquanto que 10 se abstiveram e seis votaram contra.
A situação agrava a crise política no país, que até então já teve seis presidentes em seis anos.
Na noite desta quinta-feira (7), Lula divulgou um comunicado, em uma rede social, no qual, entre outras coisas, manifestou preocupação com os fatos ocorridos no país vizinho e lamentou o destino dado a Pedro Castillo.
Leia o manifesto na íntegra:
"Acompanhei com muita preocupação os fatos que levaram à destituição constitucional do presidente do Peru, Pedro Castillo. É sempre de se lamentar que um presidente eleito democraticamente tenha esse destino, mas entendo que tudo foi encaminhado no marco constitucional. O que o Peru e a América do Sul precisam neste momento é de diálogo, tolerância e convivência democrática, para resolver os verdadeiros problemas que todos enfrentamos.
Espero que a Presidenta Dina Boluarte tenha êxito em sua tarefa de reconciliar o país e conduzi-lo no caminho do desenvolvimento e da paz social. Espero que todas as forças políticas peruanas trabalhem juntas, dentro de uma convivência democrática construtiva, a única forma capaz de trazer paz e prosperidade ao querido e fraterno povo peruano.
Em meu governo, trabalharemos de forma incansável para reconstruir a integração regional, para o que a amizade entre o Brasil e o Peru é fundamental.
Luiz Inácio Lula da Silva"
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