Mauro Cid colabora mais uma vez com a PF no inquérito das joias de Bolsonaro nos EUA

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), foi chamado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre as joias sauditas. Segundo o Estadão, investigação é sobre o suposto esquema de venda de presentes entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais durante o governo Bolsonaro.

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De acordo com o Estadão, Cid foi chamado à PF para colaborar com as diligências que estão sendo realizadas nos EUA. O procedimento realizado na sexta-feira (24) não é considerado um depoimento formal.

Segundo o inquérito que resultou na abertura da Operação Lucas 12:2, os presentes dados a autoridades do último governo teriam sido encaminhados para lojas especializadas nos estados americanos - Flórida, Nova Iorque e Pensilvânia - com o objetivo de serem avaliados e vendidos em leilões.

Conforme o jornal, a PF planejava enviar uma equipe de agentes aos EUA para investigar pessoalmente a suposta tentativa de venda das joias recebidas por Bolsonaro. Na comercialização estaria envolvido não apenas Cid, mas também seu pai, o general do Exército Mauro Lourena Cid.

A oitiva de Cid se dá na mesma semana em o delator solicitou ao ministro Alexandre de Moraes sua liberdade do Batalhão da Polícia do Exército, onde está detido há mais de um mês.

Ele voltou a ser preso por descumprir medidas cautelares e obstruir a Justiça, após o vazamento de áudios em que questiona a veracidade do inquérito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Em junho do ano passado, Cid foi ouvido na condição de testemunha, e não de investigado, e teria respondido a todas as perguntas feitas pela autoridade.

Durante as investigações nos EUA, os policiais brasileiros contam com o apoio de agentes especiais da polícia americana e fazem uso da estrutura do FBI. Após a conclusão desta fase de diligências internacionais, espera-se que os investigadores finalizem o inquérito.