Política

PF faz revelação bombástica sobre Jair Bolsonaro; saiba detalhes

Marcos Corrêa / PR
A PF fez um relatório sobre a Operação Lucas 12:2  |   Bnews - Divulgação Marcos Corrêa / PR

Publicado em 11/08/2023, às 14h51   Cadastrado por Edvaldo Sales


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Em relatório que embasou a Operação Lucas 12:2, a Polícia Federal (PF) afirma que durante o ano passado e o início deste ano foi instituída uma organização criminosa que tinha como intuito “gerar o enriquecimento ilícito” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No texto, a PF diz que a organização era formada pelos dois ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, os tenentes do Exército Mauro Cid e Osmar Crivelatti, além do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid. O grupo utilizava aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar presentes destinados a Bolsonaro para fora do país e os negociava em casas de leilão ou em loja de penhores.

De acordo com a PF, foram vendidos um relógio Patek Phillipe e um Rolex. As investigações apontam, porém, que o segundo foi recomprado pelo advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef. A PF revelou que o primeiro por 68 mil dólares, mas o valor exato do outro não foi identificado.

O esquema de desvios de joias teria conseguido obter pelo menos R$ 1 milhão com a venda dos itens, aponta a PF no relatório. Segundo os policiais, os produtos eram desviados, os valores de venda eram depositados nas contas dos Mauro Cid e do seu pai; eles efetuavam o saque do dinheiro e entregavam em espécie para Bolsonaro.

Leia o que diz um trecho do relatório:

Há fortes indícios de que os investigados utilizaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro”.

Os policiais defendem a tese de que, ao ter posse dos presentes destinados a Bolsonaro, o grupo não repassava os itens para o Gabinete Pessoal da Presidência da República (GADH/GPPR). Esse é o órgão responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes.

Devido a isso, conforme a PF, havia uma confusão entre o que eram itens pessoais – são aqueles que deveriam ir para o acervo da Presidência da República – ou personalíssimos – os quais poderiam ser incorporados ao acervo pessoal de Bolsonaro.

Chamada de ‘Lucas 12:2’, o nome da operação é uma referência ao versículo bíblico que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”

Classificação Indicativa: Livre

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