Política

Rui Costa sobre respiradores: "Estranho que o caso volte à tona"

Domingos Júnior/BNews
Rui Costa foi citado em delação premiada de dona da Hempcare; ele nega o envolvimento em desvios  |   Bnews - Divulgação Domingos Júnior/BNews
Henrique Brinco

por Henrique Brinco

[email protected]

Publicado em 03/04/2024, às 14h51 - Atualizado às 14h53


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, divulgou uma nota à imprensa, na tarde desta quarta-feira (3), em que se pronunciou sobre as investigações sobre a compra de respiradores pelo Governo da Bahia durante a pandemia da Covid-19.

O caso voltou a repercutir após a delação premiada da empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da Hempcare, que recebeu R$ 48 milhões pela importação de 300 respiradores da China, mas não entregou nenhum deles. O ex-governador é citado no depoimento. Já Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil, disse em depoimento que essas tratativas tiveram o aval do então governador.

"Ao longo dos meus oito anos à frente do Governo do Bahia, observei o estrito cumprimento da lei, sempre me pautando por valores éticos e morais. Junto com minha equipe, trabalhei incansavelmente para minimizar a perda de vidas humanas durante a pandemia da Covid-19, tendo como base os preceitos científicos", destacou Rui, no comunicado.

O ministro voltou a afirmar que após a não entrega dos respiradores, determinou que "a Secretaria de Segurança Pública da Bahia abrisse uma investigação contra os autores do desvio dos recursos destinados à compra desses equipamentos".

"Os implicados foram presos pela Polícia Civil por ordem da Justiça baiana semanas após a denúncia. A partir da apuração e investigação da Polícia Federal, por quase três anos, a Justiça Federal enviou o processo à primeira instância. Estranho que o caso volte à tona, agora, por força de uma matéria baseada nas palavras da principal autora do crime", continua.

Rui reforçou que "jamais" tratou "com nenhum preposto ou intermediário sobre a compra de respiradores ou de qualquer outro equipamento de saúde" durante sua gestão.

"Nos duros anos da pandemia, as compras realizadas por estados e municípios no Brasil e no mundo foram feitas com pagamento antecipado. Esta era a condição vigente naquele momento. O processo retornou à primeira instância com o reconhecimento do Ministério Público Federal e do Judiciário, através do STJ, da inexistência de qualquer indício da minha participação nos fatos apurados na investigação", ressalta.

O integrante do Governo Lula finaliza o comunicado desejando que, nas palavras dele, a "investigação seja concluída e que os responsáveis sejam punidos por seus crimes, não só do desvio do dinheiro público, mas também do crime absolutamente cruel de impedir, através de um roubo, que vidas humanas fossem salvas".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp