Salvador
por Natane Ramos e Samyle Fonsêca
Publicado em 02/05/2024, às 14h14
Após a paralisação que ocorreu na terça-feira (30), o Sindicato dos Rodoviários da Bahia se reuniu na manhã desta quinta (02), na sede da organização, para discutir uma campanha salarial para 2024 com o presidente da Integra, Jorge Castro. No entanto, o acordo ainda não foi acertado - o que pode estender a possibilidade de greve.
Enquanto os rodoviários cobram alguns direitos, os empresários, a prefeitura e outros negociadores consideram as exigências "inegociáveis". Entre as solicitações, os profissionais destacam a importância da integração do metrô para que os funcionários não paguem pelo transporte, a folga dos domingos e feriados, entre outros pedidos.
O diretor da Integra, Jorge Castro, falou sobre os conflitos para um acerto entre os empresários e rodoviários. "O Sindicato dos Trabalhadores tem uma pauta de reivindicação. Nós pusemos para eles quatro itens que consideramos importantes que sejam concedidos para classe patronal que chama-se o processo de flexibilização. E o Sindicato discordou, ele rejeita o processo”, explicou.
"Eu lamento, mas nós não temos a mínima condição de fazer essa concessão. Eu acho que o Sindicato poderia procurar o governador Jerônimo, para ele sentar com a CCR, e fazer uma composição dando gratuidade para os rodoviários sobre o metrô", destacou Jorge Castro.
Em contra partida, os rodoviários informaram que a postura dos empresários seria “desrespeitosa com à classe rodoviária e com a cidade”. "Nós não abrimos mão de alguns itens que as empresas querem retirar da gente. A gente acha que isso é um retrocesso na porta dos trabalhadores, precisamos resolver o problema da nossa integração em outros transportes. Isso não é uma conceção, isso é um direito do trabalhador de ir e vir", informou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira Dos Santos, a reportagem do BNews.
O vereador destacou a importância de um acordo e revelou a possibilidade de uma nova paralisação. "Isso é constitucional, todo trabalhador brasileiro tem, só os rodoviários que não tem esse direito aqui em Salvador. É uma coisa que a gente não abre mão. A nossa pauta, o nosso aumento de salário. O impasse continua, nós solicitamos que marquem mais uma rodada de negociações, para ver se nesse intervalo de tempo a gente construa uma estratégia. Vamos nos unificar, para caso precise fazer uma greve geral, que seja uma greve em todo Estado da Bahia", apontou.
"Se é inegociável, para a gente também não tem outra alternativa a não ser construir a greve dos trabalhadores. Isso nos deixa em uma posição muito dura, pois eles sabem que precisamos, que estamos sofrendo com isso, que o corte das linhas nos prejudicou. E isso é uma necessidade de cada trabalhador, e nós somos trabalhadores de transporte e não temos essa integração", revelou Hélio Ferreira.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (09), onde os empresários e rodoviários tentaram definir um acordo. Caso não haja um acerto entre ambas as partes, a paralisação definitiva para uma greve rodoviária na Bahia.
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