Exportações de algodão de Mato Grosso sofrem impacto de enfraquecimento do consumo global; confira

As exportações da pluma de algodão do Mato Grosso apresentaram uma desaceleração expressiva, registrando um volume inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Baixa é causada pelo enfraquecimento do consumo global nos últimos meses.

A projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é de que haja um recuo de 14,53% no volume em relação ao estimado em abril.

De acordo com o relatório de Oferta e Demanda do Imea, divulgado nesta terça-feira (2), a perspectiva é que o Estado exporte 1,09 milhão de toneladas de pluma de algodão da safra 2021/22.

"Às incertezas quanto a economia mundial, em conjunto com o terremoto que atingiu a Turquia (grande consumidora global de pluma), têm comprometido diretamente no consumo mundial da fibra, por não ser considerada um bem essencial", aponta o Instituto.

Considerando apenas o mercado doméstico, o relatório estima que sejam consumidas 24,72 mil toneladas em Mato Grosso e 495,34 mil toneladas da fibra sejam destinadas a outros estados.

"Com o menor volume de pluma embarcado, somado aos relatos de rolagem de alguns contratos de comercialização da safra 2021/22 para a 2022/23, devido alguns lotes com coloração fora do padrão, os estoques finais ficaram estimados em 201,24 mil toneladas de pluma".

Ainda de acordo com o Imea, a expectativa com a safra 2022/23 de algodão é de melhora na economia mundial, com a perspectiva de uma oferta 21,62% maior em comparação com a safra anterior. 1,34 milhão de toneladas de pluma de algodão devem ser escoadas na temporada que stá em desenvolvimento nas lavouras mato-grossenses. O volume projetado é 22,61% acima ao esperado da safra 2021/22.

Em relação ao mercado brasileiro, a estimativa é que 25,86 mil toneladas sejam consumidas por Mato Grosso e 513,89 mil toneladas pelo mercado interestadual.

Vale ressaltar que para a safra 2022/23 de algodão é prevista uma produção de algodão em caroço e pluma de 4,82 milhões de toneladas e 2,01 milhões de toneladas, incremento de 10,04% e 10,61%, respectivamente, pautado pela expectativa de uma melhor produtividade neste ciclo.

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