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Cãolunista pergunta: Você sabe identificar quando o cachorro está depressivo?

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Publicado em 18/06/2021, às 05h55   Arquivo Pessoal   Oreo, o Cãolunista

Chegueeeei, gente!! E, diferente do tema da nossa coluna de hoje, eu cheguei animado. Mas, preciso conversar com vocês, humanos, sobre um assunto muito sério: a depressão canina. Esses dias, estava bisbilhotando a vida alheia no Instagram, quando vi um caso triiiiisteee de um amigo de quatro patas que perdeu o humano dele e agora está depressivo, em busca de um novo lar, onde ele vai poder receber muito amor e carinho.

Confesso que, se eu não estivesse tendo aqueles problemas de reatividade, que conversamos na semana passada (lembram?), iria chamar ele para ser meu irmão. Mas, aí, nessa minha fase atual, corre o risco de eu morder ele, tadinho! Eu já pedi aos anjinhos peludos que ajudem ele a encontrar uma família boa...e eles vão me atender (afinal, apesar de eu andar bravo, sou um bom cachorro).

Então, depois de ver meu humano chorar com a história desse amigo sem dono, resolvi conversar com vocês sobre a depressão canina, uma doença muito séria e que pode ser desencadeada por inúmeros fatores, que eu vou explicar aqui. Assim como os humanos, nós, animais, também podemos desenvolver problemas psicológicos. Já expliquei alguns na última coluna, como ansiedade e a reatividade.

No caso da depressão, o quadro psicológico pode ser desencadeado por gatilhos, como o estresse, mudanças bruscas de rotina que envolvem o pet, além de algumas doenças. Normalmente, depois de correr muito atrás do disco na praia (eu corro atrás de Atheninha e ela corre atrás do disco - vejam na imagem!!), os cachorros podem ficar mais quietos, sem querer brincar e até comer. Não se assuste, humano! Isso é normal.

No entanto, vocês precisam ficar muito atentos para as mudanças de comportamento de nós pets, quando elas se tornam corriqueiras e/ou duradouras. Nestes casos, é necessário procurar a ajuda de um veterinário. Assim como ocorre com os humanos, a depressão nos cães é uma doença silenciosa e dá indícios sutis de sua presença, podendo ser causada por:

Anotou tudo, humano? Mas, não se preocupe! Sei que todo mundo precisa trabalhar. Aqui em casa as coisas funcionam assim. E agora eu até tive uma mudança de rotina e preciso me adaptar a isso. Um sofrimento, porque, antes, tinha minha humana a partir de 12h para coçar a minha barriga e me dar beijo, mas, agora, só à noite, na hora da Ave Maria (meu despertador de passeio!!).

A depressão canina, por mais silenciosa que seja, pode ser detectada. Então se ligue aqui nos principais sinais:

Você, humano, precisa prestar muita atenção em seu amigo peludo. É como eu já disse aqui algumas vezes: não adianta adotar ou comprar o cão e não poder dar a ele a atenção devida. Nós não somos brinquedos (apesar de eu ter sido encontrado no Mercado Livre). A gente precisa de carinho, atenção, educação (canina, claro. Não espere que eu utilize garfo e faca, seu doido), e muito amor!

Se você perceber qualquer indicativo de depressão em seu pet, não se desespere. A veterinária Lívia Romeiro afirmou que, “após fazer uma avaliação clínica detalhada e analisar exames laboratoriais para descartar outras doenças, o profissional será capaz de dar um diagnóstico preciso”. Se for mesmo depressão, tente começar o quanto antes o tratamento, que consiste no uso de medicamentos para amenizar os sintomas, como remédios homeopáticos, antidepressivos e medicamentos alopáticos. E, atenção!! Toda medicação precisa ser prescrita pelo veterinário, combinado?!

Agora, aliado aos remédios, você, humano, pode fazer também a sua parte, viu?! Desenvolva uma rotina com o seu animal, desde brincadeiras, passeios, a um ambiente limpo e espaçoso para ele. Você gostaria de viver trancado em um cativeiro, sem acesso a nada? Aposto que não! Então, não faça isso com o seu pet.

"Os cães são sociais, gostam de encontrar outras pessoas, outros cães. Os passeios promovem essa socialização, gastam energia e reduzem o estresse, tudo isso alivia o tédio e, por consequência, melhora o humor dos cachorros", destacou a veterinária Renata Ragazini, especialista em comportamento animal.

Então, humano, se ligue, hein?! Trate a gente como merecemos, porque, em troca, você vai ter muito amor, muitas lambidas e, com certeza, muitos sorrisos!! Animais de estimação são fiéis, dedicados, preocupados com o bem-estar dos tutores, mas a gente, uma vez domesticado, não consegue preparar nossa própria comida, tomar nosso próprio banho ou abrir a porta e sair para um passeio. Faça isso! Fique atento a seu pet e aos sinais que ele lhe dá.

Eu fico por aqui e a gente se vê, minha gente, na próxima semana. Rezem aí para o anjo de vocês atender ao pedido de Oreo (que é bonzinho) e meu amigo peludo encontrar uma nova família que dê a ele muito amor!! Ah, e aproveitem agora para beijar as barrigas dos cachorros de vocês e fazer muito carinho, porque aqui em casa eu já vou fazer cara de pidão e mendigar umas coceiras no bumbum. Fui!! 

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